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“A inovação está mais no docente do que na tecnologia”

Uma Universidade inovadora não precisa necessariamente de se render à tecnologia. A ideia foi lançada pelo pró-reitor para os Assuntos Estudantis e Inovação Pedagógica da UMinho, em entrevista à RUM. 


Manuel João Costa admite que “a UMinho não está a acompanhar as universidades que têm investimentos muito significativos em termos de tecnologias, por questões obviamente ligadas ao orçamento”. Ainda assim, o pró-reitor considera que “um dos mitos que acabamos por ser reféns é o de que na tecnologia está a solução para a inovação”. “Há muita inovação que se faz sem tecnologia”, frisa.

Para o pró-reitor o desafio é, por exemplo, “sem quadros interactivos conseguir inovar bem”.

“A aquisição de tecnologia vai ser algo custoso e não vai estar aí ao virar da esquina. Há auditórios tradicionais, em que as turmas grandes funcionam em grupos, onde colegas, que fizeram formações, mudaram as suas aulas. Ficam motivados e os alunos, no final do semestre, reflectem essa motivação. A inovação está mais no docente do que na tecnologia”, apontou.

UMinho “ao nível de algumas das melhores instituições europeias”

Para Manuel João Costa, a UMinho “está ao nível de algumas das melhores instituições europeias” no que diz respeito a soluções que respondem às preocupações com o ensino. “Uma das principais instituições de referência na investigação inglesa, a University College London, há cerca de quatro anos iniciou um processo idêntico ao da Idea UMinho, porque estava preocupada com as mesmas questões do ensino que nos preocupam”, acrescentou.

O pró-reitor falou ainda de alguns dos indicadores do eurobarómetro Trends 2018, ao nível do ensino e aprendizagem na Europa, frisando que a UMinho “pontua bastante bem”.

Curso totalmente leccionado em inglês “está na agenda”

O pró-reitor destaca o “ensino de qualidade” da academia minhota, apontado pelos “indicadores”, mas considera que se “pode ter docentes e alunos mais satisfeitos e a fazer coisas inovadoras”, algo que “também pode projectar a universidade”.

Falta ainda na UMinho um curso totalmente leccionado em inglês. Manuel João Costa diz que é algo que “está na agenda”. Mas, acrescenta: “Tenho a sensação de que, por outro tipo de barreiras, o nosso público ainda será o que fala a língua portuguesa. Não nos desresponsabilizando de que devermos caminhar para ensino em inglês, e a breve trecho línguas orientais, talvez não seja essa mudança imediata o ponto de viragem na nossa internacionalização”.


Quanto à UMinho do futuro, para Manuel João Costa “pode ser uma universidade onde os alunos sintam que é recompensador ir a todas as aulas. Com alunos mais participativos, mais envolvidos e que contribuam mais para o desenvolvimento e pensamento da própria universidade”. 

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