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Braga não quer ser perfeita mas rumo a 2026 “tudo se resume à natureza”
“A Capital Verde Europeia não é uma cidade perfeita” e nem Braga pretende ser essa cidade. A chama de atenção é do presidente do Município, Ricardo Rio, que no lançamento formal da candidatura da cidade dos arcebispos ao galardão verde 2026, quis começar por esclarecer que num território em que vivem mais de 100 mil pessoas “há ruído, pode haver poluição, pode existir aqui e além um qualquer incidente ambiental e árvores são abatidas”. “Há que conjugar a dimensão da natureza com a interação humana”, frisa o edil.
“Tudo se resume à natureza” foi o tema escolhido para a candidatura de Braga a Capital Verde Europeia 2026.
A cidade dos arcebispos está entre as nove pré-selecionadas juntamente com Guimarães.
Esta quinta-feira, fica marcada pelo lançamento, no Parque da Rodovia, do site oficial da candidatura: “bragaverde.pt”, mas também de uma plataforma: “Braga Green IA”, que pretende auxiliar os bracarenses na adoção de melhores práticas de sustentabilidade.
Para o vereador com a pasta do ambiente, Altino Bessa, esta candidatura “era um sonho” que olhando para trás não seria possível. O autarca completa dizendo que “Braga só se candidatou quando considerou ter condições concretas para uma candidatura bem sucedida”.
Mais do que um mero conjunto de indicadores, é um processo de transformação de um território, para o tornar cada vez mais sustentável e amigo do ambiente”, Ricardo Rio
Ricardo Rio disse que um dos objetivos é que o exemplo de Braga possa ser replicado noutras cidades da Europa. Por outro lado, o autarca quer que o verde de Braga seja “perene no tempo”, deixando aos seus sucessores a responsabilidade pela assunção daquele estatuto e pela promoção contínua da sustentabilidade no concelho.
“Em 2026, não serei eu o presidente da Câmara”, lembrou, numa alusão ao facto de estar o cumprir o seu terceiro mandato e, como tal, não se poder recandidatar.
Entre os objetivos estipulados estão a conclusão de 76 kms de ciclovias no território, iluminação 100% led em toda a via pública até 2025, instalação de 12 pontos de monitorização do ar, de modo a identificar as zonas em que a qualidade é mais problemática e aumentar para cinco as praias fluviais reconhecidas pela APA – Agência Portuguesa do Ambiente.
O Parque das Sete Fontes, que, segundo o município, será “o maior parque ecomonumental do país”, com uma área de 90 hectares, é um dos trunfos da candidatura de Braga. Assim como o Monte Picoto que, de acordo com o vereador Altino Bessa, será o maior parque arbóreo de floresta autóctone do país inserido dentro da “malha urbana”.
O projeto de regularização e ordenamento do rio Torto, da ribeira de Panóias e da ribeira de Castro, e ainda a renaturalização do rio Este, que abrange um total de 4211 metros quadrados e um investimento, são outros contributos para a candidatura.
As três finalistas serão conhecidas em meados de julho. Segue-se uma apresentação das propostas. Em outubro será anunciado o nome da cidade vencedora que irá receber um prémio financeiro no valor de 600 mil euros.