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Dia D. Operação Overlord abateu-se sobre as praias da Normandia há 80 anos
Assinala-se esta quinta-feira os 80 anos do primeiro desembarque na Normandia, que lançou as bases para a derrota das tropas comandadas pela Alemanha nazi, na II Guerra Mundial, em 1944. Mais de 160 mil forças aliadas invadiram a costa de França, participando na maior operação militar anfíbia alguma vez realizada. Porém, as baixas ao fim das primeiras 24 horas revelaram-se pesadas: mais de nove mil soldados aliados foram mortos ou feridos naquelas praias.
Dia D, um esforço internacional
O termo Dia D foi o código militar para o início do ataque combinado naval, aéreo e terrestre que tinha o objetivo final de libertar a França ocupada e expulsar as tropas alemãs do III Reich.
De acordo com a Royal British Legion, a fórmula Dia D já tinha sido usada com bastante frequência antes da invasão aliada a 6 junho de 1944. Depois disso, passou a ser associada ao início da Operação Overlord, ou Batalha da Normandia, que começou com este desembarque – Operação Netuno.
O Departamento de Defesa dos EUA relata que o general norte-americano Dwight D. Eisenhower, que liderava os planos para a invasão, argumentou: “Qualquer operação militar tem uma data de partida (departure date), portanto, o termo abreviado passa a Dia D ”.
Houve, portanto, vários outros dias D durante a guerra, mas o da Normandia foi o maior e o mais conhecido. “Os desembarques marcaram o início de uma campanha longa e dispendiosa no noroeste da Europa, que acabou por persuadir o alto comando alemão de que a derrota era inevitável”, sublinha o Imperial War Museum, do Reino Unido.
Para realizar o Dia D, foram estipulados vários requisitos relacionados com o clima. Esse dia teria que ser longo para o uso máximo da energia aérea. A noite deveria ser de Lua quase cheia para ajudar a guiar os navios e as tropas aerotransportadas.
Apenas nove dias em maio e junho pareciam atender a esses requisitos. Inicialmente, foi escolhido o dia 5, mas o general Eisenhower decidiu, no último minuto, mudar o desembarque para a madrugada de 6 de junho.
Em 1944, mais de dois milhões de soldados de pelo menos 12 países estavam na Grã-Bretanha em preparação para a invasão – para além das tropas dos EUA, Reino Unido e Canadá, também incluíam apoio naval, aéreo ou terrestre australiano, belga, tcheco, holandês, francês, grego, neozelandês, norueguês, rodesiano e polaco.
A invasão estendeu-se por 80 quilómetros de costa e contou com mais de 160 mil homens. As forças militares aliadas zarparam da cidade inglesa de Portsmouth, principal ponto de partida dos cinco mil navios que se dirigiam a Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword. As praias de Omaha e de Utah foram tomadas pelos norte-americanos, os britânicos juntamente com forças em menor número invadiram as praias de Gold e Sword, os canadianos ocuparam a praia de Juno.
Cerca de 4.400 soldados aliados morreram no Dia D. Entre eles milhares de pára-quedistas norte-americanos que, durante a descida por de atrás das linhas inimigas, na praia de Utah, foram atingidos pelo fogo inimigo e afogados em pântanos.
A ofensiva de Omaha acabou por ser a mais sangrenta do dia, em grande medida porque os serviços secretos do Exército subestimaram o reduto alemão ali instalado.
O Dia D foi quase um fracasso, porém a resistência aliada aproveitou algumas falhas alemãs e acabou por furar as linhas inimigas, juntando-se à Resistência Francesa, que ajudou a enfraquecer as defesas nazis através da sabotagem. O desembarque e a Operação Overlord foram os primeiros passos que abriram caminho para o ponto de viragem na II Guerra Mundial.
c/RTP