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Pais da Escola da Sé exigem recreio exterior e dizem que barulho da obra prejudica avaliações
Os pais dos alunos que frequentam a Escola Básica da Sé exigem um espaço para as crianças brincarem durante o intervalo. Por isso mesmo, foram colocadas tarjas na entrada do estabelecimento de ensino onde é possível ler: “Queremos espaço para brincar”.
As obras de requalificação da escola iniciaram em fevereiro. Cristina Marques, mãe de um aluno daquele estabelecimento de ensino, adianta ainda que o barulho provocado pela empreitada tem prejudicado as atividades letivas e os momentos de avaliação.
“O barulho prejudica imenso os meninos que têm dificuldade em ouvir a professora e não estão concentrados”, explicou. Para Cristina Marques, a autarquia “não devia permitir que os alunos continuassem ali”, sobretudo os que terão provas de aferição.
Além do barulho, a falta de espaço exterior para brincar também preocupa os encarregados de educação.
Para os pais, a melhor hipótese para o novo recreio seria o espaço contíguo à escola, virado para o Campo das Carvalheiras. Esta solução já foi apresentada a Carla Sepúlveda que não a coloca fora de hipótese, admitindo, no entanto, que não será uma alternativa imediata, porque não reúne as condições de segurança necessárias.
Cristina Marques diz que o espaço é seguro e acusa a Câmara de Braga de não ter vontade de resolver o problema. “Os 214 meninos estão a brincar num recreio fechado de 200 metros quadrados”, apontou.
Segundo a mãe, “no início de fevereiro” foi pedido à Câmara Municipal “que concedesse um recreio que existe ao lado da escola, que está fechado o ano todo”, mas que não foi cedido. “Estamos revoltados, porque queremos que os nossos meninos brinquem no exterior”, disse ainda, garantindo que o espaço” tem condições de segurança se tiver funcionários” a supervisionar. Para Cristina Marques, ainda que o recinto “necessite de algo mais, de um dia para o outro ou numa tarde, os funcionários da Câmara colocariam ali uma rede”.
“Não é nada difícil de se resolver o problema. Não há a vontade da Câmara para solucionar este problema”, criticou.
Câmara suspende obras em dias de provas de aferição, mas espaço contíguo à escola não é opção
Contactada pela RUM a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, que esta segunda-feira reuniu com a direção da escola e a Associação de Pais, explicou que a Câmara de Braga vai suspender as obras na Escola da Sé nos dias em que os alunos tiverem que realizar as provas de aferição.
“Temos que deixar terminar o ano letivo da forma como está, apesar de todos os constrangimentos e aquilo a que eu apelei foi a que estivessem calmos, porque o início do próximo ano letivo não está comprometido”, afirmou a vereadora.
Além disso, Carla Sepúlveda esclareceu que “nos dias em que as crianças tiverem as provas de afeição, as obras não vão decorrer”. Fora esses momentos, “a obra tem que decorrer” e, segundo a responsável, “a planificação foi feita de acordo com os pais”. A obra que está a causar mais constrangimentos deverá estar concluída até ao final do mês.
Quanto ao espaço que os estudantes têm para brincar, Carla Sepúlveda explicou que “foi necessário circunscrever à zona em que não oferecia qualquer perigo para as crianças estarem nas devidas pausas”. O recinto que é ambicionado pelos encarregados de educação não é uma opção, porque “faz parte de uma zona arqueológica e há licenças que são obrigatórias e que são necessárias solicitar, nomeadamente, ao Património Cultural”. “Tudo leva o seu tempo e não ficou pronto no exato momento em que os pais, efetivamente, reivindicavam que nós o abríssemos”, acrescentou.
Além disso, a vereadora que tutela a Educação em Braga referiu ainda que “os muros não estão à altura que são exigidos por lei e a Câmara não tinha como, de uma semana para a outra, altear o gradeamento e criar a acessibilidade”. “Estamos a pouco mais de 15 dias úteis do término do ano letivo e, portanto, durante estas próximas semanas e até ao final do ano letivo, vão continuar no mesmo espaço. No início do próximo ano letivo, já terão o espaço da escola requalificado, para que as crianças possam brincar em segurança”.
A obra, orçada em mais de 180 mil euros, prevê a beneficiação do interior, a nível de pintura e soalho, reforço da segurança de um muro exterior e substituição do telhado. A empreitada deve estar totalmente concluída até outubro.