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Sinfonietta de Braga explora jogo sonoro de luz e sombra no Theatro Circo
Alternando entre momentos “iluminados e ensombrados”, a Sinfonietta de Braga apresenta obras que fazem uma viagem sobre a “época modernista na história da música”. O concerto realiza-se esta sexta-feira, às 21h30, no Theatro Circo.
Neste evento, inserido no ciclo ‘Contraponto’, a orquestra será orientada pelo maestro convidado Jan Wierzba. Nascido na Polónia e criado no Porto, o músico recorda que as peças de quatro compositores, de nacionalidades distintas, atravessam um espaço temporal de cerca de 60 anos, começando em 1948 e prolongando-se até 2006.
O espetáculo abre as cortinas com ‘Terra Memoria’, de Kaija Saariaho, originalmente feita “para quarteto de cordas”, e que, três anos depois da estreia, foi “transformada pela autora para ser apresentada por uma orquestra de cordas”. Na sequência, será a vez de ‘Ramifications’, de György Ligeti, “uma das obras mais paradigmáticas e conhecidas para o repertório da orquestra de cordas”.
O terceiro tema apresentado, ‘Concerto para cordas’, de Grażyna Bacewicz, “galardoou e ajudou a impulsionar a carreira da compositora”. Por fim, surge ‘Fratres für streichorchester und schlagzeug’, de Arvo Pärt, “de instrumentação livre, à imagem do que era feito nos tempos medievais”.
A apresentação leva ao público “texturas sonoras”. Cada compositor, ressalta Jan Wierzba, expõe “peças diferentes a nível estético e com imensos contrastes internos, principalmente a obra da Kaija Saariaho, em que, pelas palavras da própria autora, é dedicada àqueles que partiram”.
Para o maestro, o público pode esperar “surpresas” num concerto de música clássica com “estéticas que não são comuns no dia a dia”. O músico afirma que será o responsável, durante a apresentação, por orientar os espectadores e “contextualizar dentro de cada obra como é que a dinâmica se processa”.
*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Tiago Barquinha Gonçalves