Autarca de Famalicão pede mais apoio do Governo para as IPSS

O presidente da Câmara de Famalicão pede mais apoios ao Governo para os projetos das IPSS.

Mário Passos alertou, ontem, no 30.º aniversário da Engenho – Associação de Desenvolvimento Local do Vale do Este -, que o concelho precisa de aumentar as vagas no setor social e há nove candidaturas nesse sentido, que representam um investimento de 14 milhões de euros.

O autarca sugere uma reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para que seja possível alocar mais verbas para as instituições que, neste momento, não têm outra saída que não seja a banca. “Temos uma comparticipação europeia de cerca de 54%, portanto há aqui um défice associado de 46%. Por um lado, a Câmara Municipal dotou para estes apoios às IPSS cerca de um milhão de euros, mas, mesmo assim, obviamente que o défice é considerável e as IPSS estão a socorrer-se da banca”, explicou. O autarca defende por isso uma “reprogramação do PRR”, que permita ao Governo “alocar mais verbas, por forma a que este esforço seja atenuado por parte das IPSS”.

O pedido de ajuda chegou também por parte do presidente da Engenho, Manuel Augusto Araújo, que lembrou que “há 25 anos foi prometido o Governo assumir 50% dos custos reais”, mas a promessa continua por cumprir.

“Todos os anos as organizações sociais fazem um esforço para encontrar uma receita extra,

no sentido de assegurar 20% para equilibrar as contas”, disse ainda.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Ramalho, garante que o executivo liderado por Luís Montenegro já “reativou esse trabalho e já pediu às instituições que indiquem muito rapidamente quem é que vos representa para se chegar a valores que correspondam aos tais valores reais atualizados, porque falta essa atualização”. “Esse processo está em marcha, tem que começar por aqui, pela avaliação, para depois, então, obviamente, irmos rever os acordos”, afirmou a governante.