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Família luso-brasileira oferece dez cadeiras de rodas ao Hospital de Braga
O Hospital de Braga tem à disposição, desde esta quinta-feira, mais dez cadeiras de rodas, cedidas por uma família luso-brasileira a residir em Braga há cinco anos, num “gesto de retribuição e gratidão” pelos tratamentos recebidos nos tempos mais recentes, nomeadamente com um dos membros da família que enfrenta uma doença oncológica.
A entrega simbólica contou com a presença de dois membros da administração da Unidade Local de Saúde de Braga, incluindo o presidente, que agradeceu o gesto. Domingos Sousa lembra que a saúde “é cada vez mais um compromisso de todos, desde a prevenção até ao tratamento da doença” sendo de realçar este “sentido de responsabilidade”.
“Todos sabemos que na saúde os recursos não são muitos, as necessidades cada vez são mais infinitas e temos de priorizar, nomeadamente neste tipo de equipamento”, admitiu. Segundo aquele responsável, este gesto “motiva” e faz com que os profissionais sintam que os utentes os consideram também “parceiros”.
“As pessoas têm mais dificuldade em escrever um elogio. Embora, no passado era só reclamações e agora também já recebemos elogios” – Américo Afonso
Américo Afonso, membro do conselho de administração da ULS de Braga também fez questão de saudar e agradecer o gesto, assumindo que se trata até de “um exemplo diferente”. “Embora no passado habitualmente era só reclamações, agora também já recebemos elogios, o que também demonstra que as pessoas já valorizam aquilo que de bom lhes é prestado. Infelizmente não é muito significativo. Dificilmente se escreve um elogio”, atirou.
“Era o mínimo que podíamos fazer” – Bruno Gutman
Bruno Gutman, advogado luso-brasileiro que cedeu as dez cadeiras de rodas, procurou o contributo de familiares e amigos, nomeadamente no Brasil, para reunir a verba necessária para a aquisição destes equipamentos.
“Algumas [cadeiras] não estavam em boas condições”, explicou, a propósito do seu pai ser um utilizador deste equipamento no interior do Hospital onde está a receber tratamento para uma doença oncológica.
“O Hospital tem condições, porém, como todas as estruturas públicas, apresenta algumas deficiências. O utente tem um atendimento gratuito, então esta é uma forma de colaborar, é uma forma de gratidão, era o mínimo que podíamos fazer. Não é porque é um hospital público que temos sempre de esperar pelo governo para nos dar as coisas”, argumentou.
Realçando o tecido empresarial “enorme” de Braga, lembra que é preciso ter presente “a responsabilidade social”, até porque “todos utilizamos ou vamos utilizar as instituições públicas, nalgum momento”.