Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Alojamento a preços dignos é preocupação transversal dos universitários
A 24 de março, celebra-se o Dia Nacional do Estudante, mas é já esta quinta-feira que centenas de estudantes universitários assinalam a data, rumando a Lisboa para uma marcha estudantil que visa apresentar um conjunto de reivindicações.
Da UMinho partiram na manhã desta quinta-feira cerca de meia centena de alunos para participarem na iniciativa nacional, numa altura em que começam as férias da Páscoa.
A RUM esteve à conversa com alunos da academia minhota para conhecer melhor as suas preocupações por ocasião das celebrações do Dia do Estudante. O alojamento permanece como preocupação transversal, seguido do preço das propinas.
São vários os estudantes que reconhecem que as condições precárias de muitas habitações disponíveis para os universitários nas imediações da academia, assim como os preços elevados e a ausência de quartos a preços controlados são fatores que não contribuem para “um acesso geral a um curso universitário”.
Miguel Máximo frequenta o terceiro ano da licenciatura de Línguas e Literaturas Europeias na UMinho e explica que “uma das principais partes a resolver é a questão das propinas, principalmente dos primeiros ciclos”, acrescentando que também é necessário “os estudantes conseguirem ter habitação acessível”.
Apesar de ser residente e aluna em Braga, Juliana Pereira, de Optometria e Ciências da Visão, não encontra o problema da habitação, mas através dos colegas deslocados percebe melhor as dificuldades, sobretudo porque “as rendas estão muito altas”. Também por isso, defende “um limite de valores para estudantes já que muitos ainda não trabalham”.
“Todos temos o direito de estudar e tirar um curso superior” é a premissa de Sara Silva. A estudante de Administração Pública reivindica uma redução do valor ou mesmo a abolição das propinas, além de uma necessidade de rever os detalhes de atribuição de bolsas, já que na sua opinião “há pessoas com dificuldades que não conseguem ter acesso a esses apoios”.
David Cunha é estudante do segundo ano de Biologia Aplicada e revelou à RUM que se viu afetado pela crise na habituação, não tendo conseguido alojamento durante as primeiras semanas na academia minhota. Quando conseguiu alojamento, o mesmo apresentava “pouquissímas condições”. O futuro biólogo considera ainda que “cursos que não sejam tão visíveis podiam ter mais apoios”, exigindo assim “uma melhor distribuição de recursos” por parte da Universidade do Minho.
Já a aluna de Bíoquimica, Beatriz Cruz, natural de Famalicão, explica que todos os dias se desloca para a cidade de Braga, mas os transportes também apresentam fragilidades. Tendo em conta as greves sistemáticas “é sempre muito complicado”, refere, notando que nestas situações, estudantes sem alternativas de mobilidade podem ser barrados em determinados dias da frequência das aulas por dificuldade em chegar ao campus de Gualtar, em Braga.
A manifestação nacional desta quinta-feira tem como mote “Teto e habitação, um direito à educação” e contará com a presença de praticamente todas as associações e federações académicas do país.
Escrito por Rodrigo Costa e editado por Elsa Moura