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Bracarenses lançam Fundação Primavera, dedicada a idosos e crianças em situações vulneráveis

José Dionísio e Jorge Batista, os fundadores do Grupo Primavera, empresa líder em soluções de software empresarial, entretanto vendida e integrada no gigante global Cegid, têm um novo projeto. Depois de décadas no negócio de gestão de software, a dupla de empresários de Braga vai lançar a Fundação Primavera, dedicada a financiar projetos para apoiar idosos e crianças em situações vulneráveis, com um capital inicial de três milhões de euros, escreve este sábado o jornal ECO.

“Fizemos o maior negócio a nível de tecnológicas em Portugal. Não faz sentido que não continuássemos a fazer alguma coisa”, explica José Dionísio, em entrevista a este jornal. Lado a lado com Jorge Batista, o parceiro de sempre, Dionísio mostra que a aliança de uma vida se mantém firme.

“Não queríamos criar nada que fosse nosso, queríamos fazer nascer alguma coisa que continuasse, com a família ou não mais próxima num conselho de estratégia, mas que tivesse toda uma direção executiva amanhã que não tem nada a ver connosco”, explica Dionísio, justificando a escolha da criação de uma Fundação. “As fundações a partir do momento que são criadas têm vida própria. Deixam de ser do doador, o conselho de administração é senhor dos destinos da fundação e de gerir o património“, completa Jorge Batista.

Com um capital de três milhões de euros, financiado em igual parte pelas duas famílias, que inclui a mulher e os três filhos de José Dionísio e de Jorge Batista – “todos quiseram fazer parte da criação deste projeto”, diz Dionísio. O projeto pretende dar resposta a problemas de idosos em situação de carência, relacionados com “o seu isolamento, com a sua solidão”.

Por outro lado, a Fundação Primavera também vai procurar dirigir-se a problemas de crianças, também em situação de carência, assim como questões relacionadas com África, uma vez que ambos têm relação com este continente: Dionísio nasceu em Moçambique e Jorge Batista em Angola.

“O terreno de jogo onde queremos jogar é um terreno de inovação. Não queremos criar uma fundação para ser mais uma fundação. Não queremos promover estudos, mais literatura“, realça José Dionísio. O objetivo é chegar “mesmo às pessoas e sentirmos as coisas a acontecer no terreno, junto das pessoas que precisam”.

Para isso, José e Jorge vão procurar deitar a mão a projetos assentes na tecnologia focados em chegar a “milhares de pessoas”. “Há muitas respostas que são dadas locais e que cobrem necessidade de 20, 30 ou 40 pessoas, nós vamos atrás de soluções que à partida terão que deitar mão da tecnologia para chegar a milhares de pessoas“, explica José Dionísio.

Para já, a dupla ainda não tem soluções, mas “vamos rodear-nos de pessoas que percebem destas questões e criar condições para que os empreendedores sociais possam aparecer ao melhor nível para jogar o jogo deste terreno“.

“Temos que encontrar os problemas que sejam transversais a toda esta população e perceber aqueles que, através da tecnologia, conseguiremos resolver mais facilmente“, destaca Jorge Batista.

De acordo com José Dionísio, isto “vai requerer investimentos e projetos que queremos que sejam apoiados por outros”. “A ideia é usar as nossas pessoas, no sentido de outros doadores aparecerem, até porque a Fundação precisa de ganhar sustentabilidade financeira para durar muitos anos, ganhar o seu património” e precisa “ter uma receita recorrente para poder exercer o seu trabalho dia a dia”.

“Se fizermos as coisas bem feitas e formos capazes de reportar corretamente para a sociedade será mais fácil encontrar outras organizações que queiram ajudar no próximo projeto”, acrescenta Jorge Batista.

Os próximos meses serão para constituir os vários órgãos da Fundação e esperar a sua aprovação em Conselho de Ministros, o que está dependente da tomada de posse do novo Executivo. “Estamos à espera de seis meses. Agosto é para banhos, por isso estamos a apontar para julho ou setembro”, conclui José Dionísio.

ECO

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