Menu

RUM Social

Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio

Alunos denunciam email que criminaliza aborto. Conselho pedagógico já reuniu com aluno

Os estudantes da Universidade do Minho receberam um email, na passada quinta-feira, 2 de novembro, a criminalizar o aborto. Na mensagem partilha na rede interna da instituição, usualmente utilizada para solicitar a colaboração em questionários ou ajuda para encontrar um quarto, foi partilhada uma mensagem onde o autor do email, alunos da Escola de Economia e Gestão (EEG), questiona “como pode ser possível que (o direito à vida) esse direito não seja assegurado”.

No longo texto, é defendido que a “vida começa no momento da conceção” e é evocado o “laço de amor maternal” como forma de dar um passo atrás na decisão.

A denúncia foi feita por Mariana Martins, estudante do primeiro ano de Medicina na UMinho, durante o período de microfone aberto na manifestação desta terça-feira “Academia Não Assedia”. A aluna fala num email “hediondo” que pode criar a sensação de perseguição às mulheres. “O aborto é um direito de todas as mulheres que não pode ser questionado”, defende a jovem estudante. “O facto de a Universidade ter permitido que este email passasse e não se ter pronunciado sobre o assunto é uma vergonha”, afirma.

Miguel Martins, representante dos estudantes no Conselho Geral da UMinho, marcou presença na ação de luta que se repetiu também em Coimbra e Lisboa e, aos jornalistas, adiantou que o email foi reencaminhado para a Provedora do Estudante, de modo a perceber o que falhou junto da Direção de Tecnologias e Sistemas de Informação.

Aos microfones da RUM, à margem da cerimónia dos 47 anos do ICS – Instituto de Ciências Sociais, a Provedora do Estudante, Rosa Vasconcelos, garantiu que a situação já foi resolvida pela presidente do Conselho Pedagógico da EEG, Maria do Céu Arena.

“A presidente do Conselho Pedagógico já reuniu com o aluno, esta terça-feira, para dizer que este não é o meio para transmitir os seus ideais. Agora, a professora Maria do Céu irá responder aos alunos que, através de email, fizeram queixa. A partir do momento que a professora diz que a situação está resolvida não vou reunir com o aluno. Nós temos de respeitar as ideias de toda a gente, temos é de saber que não podemos transmitir as mesmas de forma generalizada”, declara.

Partilhe esta notícia

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem