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PS acusa CMB de pouco ou nada fazer para melhorar qualidade do ar
Braga é uma das cidades que mais contribui para o não cumprimento de Portugal na diretiva relativa à qualidade do ar ambiente na Europa. O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) declarou, em junho, que o país não cumpre a diretiva, desde 1 de janeiro de 2010, ao exceder o valor limite anual de dióxido de azoto (NO2) a par de Porto e Lisboa. Em Braga, a Avenida Padre Júlio Fragata é o principal foco de poluição, mas os vereadores socialistas consideram que se os medidores estivessem colocados em pontos como o Nó de Infias, o incumprimento também facilmente seria comprovado.
Um assunto “sério sem solução imediata” – Ricardo Rio
O presidente do município de Braga, Ricardo Rio, admite que o assunto “é sério” e não tem uma solução “imediata”, exigindo medidas como as que estão projetadas para a cidade, nomeadamente em matéria de mobilidade. “Indexados aos níveis de poluição estão os riscos para a saúde pública. Só soubemos desta ação [do Tribunal Europeu] há pouquíssimos meses”, começa por esclarecer o autarca que diz que apesar de o problema “estar longe de ser resolvido, existem hoje passos concretos na cidade para melhorar esses níveis de poluição”. E para “diminuir a carga automóvel”, Rio acrescenta que o município deve “promover melhores serviços de transporte público, estimular a circulação de modos suaves e criar outras vias alternativas para que as pessoas não tenham que vir para o coração da cidade”.
As obras na Variante do Cávado, no Nó de Infias e na Avenida Padre Júlio Fragata também podem contribuir para reduzir a carga poluidora na cidade, acrescenta. Descartando a possibilidade de restrição automóvel em determinados dias da semana como acontece noutras cidades da Europa, Ricardo Rio assinala que se trata de uma “medida drástica” que não equaciona, mas que pode ser colocada em cima da mesa no futuro, já que “a União Europeia olha de forma muito séria para estas questões quando não se produzem os resultados necessários”.
CMB não está a pensar em nada específico para resolver o problema, acusa o PS
O ponto de discussão foi levantado esta segunda-feira pelos vereadores socialistas, em reunião de executivo, queque quiseram saber se o município tem algum plano concreto para a qualidade do ar. Ora, ouvidos os esclarecimentos da maioria, Adolfo Macedo afirma que a autarquia “não está a pensar em nada específico” para este excesso de NO2 na cidade. “É verdade que todas as políticas de mobilidade que estão a ser implementadas terão efeitos a médio e longo prazo, mas medidas concretas para atacar este problema que existe sobretudo desde 2015 ficamos com um redondo nada”, referiu.
Por seu turno, Bárbara de Barros, vereadora da CDU afiança que “são vários os fatores” e a discussão “é em torno das alterações e otimizações que se podem fazer, nomeadamente na utilização dos transportes públicos”.