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João Pinheiro elogia VAR mas considera que protocolo pode ser revisto
João Pinheiro faz um balanço “positivo” da implementação do videoárbitro. Em entrevista no programa RUM(O) Desportivo, emitido esta sexta-feira, o barcelense considera que a ferramenta permitiu “melhorar muitas situações” nos jogos de futebol.
De acordo com o árbitro, existiam “lances claros que não se conseguiam ver, como foras de jogo”, dentro de campo e que agora podem ser solucionados. “Só quem for muito injusto e não quiser ser minimamente honesto é que acha que o VAR não veio melhorar as coisas”, atira, perentoriamente.
Ainda assim, alerta que “ninguém se pode enganar a pensar que vai tornar tudo perfeito”, já que “não deixa de haver um ser humano” envolvido na sua utilização.
A funcionar em Portugal desde 2017, a ferramenta pode ser utilizada em quatro situações: golos, penáltis, expulsões e trocas de identidade. Tendo já experiência nacional e internacional na função de videoárbitro, inclusive com a presença no Europeu 2020, jogado em 2021, João Pinheiro admite que há margem para rever o protocolo.
Um canto mal assinalado que dá golo não é alvo de intervenção do videoárbitro, lembra, considerando que “algo pode ser alterado” nesse sentido. Ainda assim, compreende a posição da International Football Association Board, responsável pelas leis do jogo, que refere que, “quantas mais exceções forem abertas, as pessoas vão querer mais, mais e mais”.
Divulgação das comunicações da equipa de arbitragem em equação
A nível internacional, com o objetivo de melhorar a transparência, está em cima da mesa a possibilidade de as comunicações entre os elementos da equipa de arbitragem passarem a ser públicas, à imagem do que acontece no râguebi. Em Itália, revela João Pinheiro, estão a “pensar criar um programa em que o adepto no estádio possa ter acesso às interações”, pagando um determinado valor.
Ainda assim, explica que é necessário ter alguma cautela, dando o exemplo de “um áudio que foi tornado público há uns anos em Portugal, em que as pessoas começaram a dizer que parecia que o árbitro estava excitado por anular um golo”. “Esse é um momento em que a adrenalina sobe. Pensamos «será que estamos a fazer bem, será que não?”, refere.
Mais difícil de implementar, na sua perspetiva, é a introdução das conferências de imprensa antes e depois dos jogos. João Pinheiro lembra que esse sistema já foi colocado em prática em alguns países e “não correu bem”. “Depois as pessoas perguntam «por que razão falou agora e não falou antes?» ou «por que razão falou deste lance e não de outro?», exemplifica.