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ASMAV promove debate sobre extensão do património da UNESCO até Couros
Guimarães promove hoje mais um debate público sobre a previsível extensão do seu património classificado pela UNESCO até à zona de Couros. A cidade berço pretende uma duplicação da área classificada e encontra-se na fase de debate público.
A partir das 18h00 de hoje, a Associação Artística Vimaranense (ASMAV) participa no plano de gestão através da promoção de um debate de ideias que junta Francisco Teixeira, Seara de Sá e Paulo Castelo Branco.
Em declarações à RUM, o porta-voz da ASMAV e docente, Francisco Teixeira realça este passo de “enorme importância para a afirmação de Guimarães no mundo e a sua capacidade de projetar aquilo que são os seus valores históricos, os seus valores estéticos e os seus valores culturais no Mundo”. O responsável aborda a relevância “material e imaterial” e sugere uma participação ativa dos agentes da sociedade civil.
Defende “que a gestão deixe de ser hiper centralizada na Câmara para poder ser uma gestão mais democrática e mais distribuída, onde os agentes da sociedade civil têm uma participação ativa, não só através das comissões de avaliação”. O docente acrescenta que a gestão urbanística deve proporcionar “mecanismos que permitam o aprofundamento da relação das pessoas de Guimarães com o seu património cultural mais notável”.
Recorde-se que este é o primeiro plano formal de gestão do centro histórico de Guimarães. Na opinião de Francisco Teixeira, “coloca a nu as enormes qualidades e vantagens estratégicas do centro histórico classificado e do património novo a classificar, mas também põe a nu algumas das grandes dificuldades que se colocam à manutenção da autenticidade e da qualidade deste bem cultural”.
O docente lembra ainda dificuldades relacionadas com a “inserção internacional do país, a turistificação, a desabitação, a funcionalização do espaço, a pressão imolibiária e especulativa”. Considera que estes “são alguns dos riscos que se correm se não houver políticas ativas que sejam capazes de antecipar a consumação desses riscos”. “O pior que podia acontecer ao centro histórico de Guimarães, como aos centros históricos em geral, era eles transformarem-se em museus a céu aberto”, nota. Por isso, sustenta que este plano avança com ideias para combater ativamente estes riscos.