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Um em cada quatro restaurantes chegará ao fim do ano em falência técnica

As empresas do setor do alojamento e restauração são as que correm mais riscos de chegar ao final do ano com capitais próprios negativos, isto é, com o passivo (como as dívidas) maior do que o ativo. O Banco de Portugal calcula que uma em cada quatro (26%) empresas desse setor dependente do turismo, o qual foi dizimado pela pandemia, possa entrar em falência técnica até ao fim de 2021, sendo que 16% já estava nessa situação no final do ano passado.

No boletim económico de maio divulgado esta quarta-feira os economistas do banco central avaliaram o impacto da pandemia na capitalização das empresas portuguesas, por setores, e perspetivaram o que vai acontecer até ao final do ano. A conclusão principal é que no primeiro ano da pandemia a percentagem de empresas com capitais próprios negativos aumentou ligeiramente, passando de 4% em 2019 para 5% em 2020.

Esta é uma evolução contida face à “magnitude dos choques que afetaram as empresas em 2020”, admite o banco central, justificando este desempenho com as alterações na estrutura de custos das empresas e o recurso a medidas de apoio. “Para além disso, efetuou-se também um ajustamento importante em termos de injeções de capital e de contenção na distribuição de resultados“, acrescenta.

Para 2021 a simulação aponta para um novo aumento de um ponto percentual, para os 6%. Porém, esta estimativa assume um cenário em que não são introduzidas medidas de apoio às empresas além das que estão atualmente em vigor, “nem o facto de virem a ocorrer novas injeções de capital nas empresas”. Neste momento já se sabe que o Governo está a preparar instrumentos para recapitalizar as empresas portuguesas, mas não se sabe qual será o desenho nem o timing.

Apesar de em termos agregados a situação parecer ser benigna face aos cenários mais dantescos previstos no início da pandemia, os economistas do banco central admitem que existem diferenças significativas entre setores e entre empresas com dimensão diferente por causa do impacto diferenciado da crise pandémica.


ECO

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