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Plataforma sobre minorias em jornais portugueses vale prémio a equipa da UMinho
Uma equipa da UMinho vai ser premiada, esta quarta-feira, pelo desenvolvimento de uma plataforma que identifica e estuda as minorias nos jornais online. O prémio Arquivo.pt será entregue na tarde de hoje em Lisboa com a presença do Presidente da República.
O projeto começou em janeiro do ano passado com dois alunos do Departamento de Informática da UMinho, Paulo Martins e Leandro Costa, eles que desenvolveram a plataforma com a coordenação de José Carlos Ramalho.
Aos microfones da RUM, Paulo Martins refere que a plataforma consiste num “algoritmo de deteção de artigos em jornais digitais que se refiram a minorias sociais”. “O objetivo geral é que seja uma ferramenta de pesquisa”, acrescenta.
Apelidada de ‘Majors Minors’, a plataforma vai ajudar quem estuda grupos minoritários. “Vem de encontro também às necessidades do Centro de Estudos Humanísticos que realiza investigação em diversas áreas entre as quais estudos sobre migrações e expandimos os grupos minoritários, integramos novos modelos de forma a ir de encontro a essas necessidades de investigação e acabando por integrar oito grupos minoritários”, especificou um dos galardoados.
O prémio Arquivo.pt 2021 será entregue pelas 17h15, no Centro de Congressos de Lisboa no âmbito do encerramento do encontro. O prémio tem o valor de 10.000 euros, é promovido pela FCT e distingue pelo quarto ano projetos que valorizem o serviço Arquivo.pt, que guarda milhões de páginas da web portuguesa.
A plataforma, chamada “Major Minors”, ganha agora projeção, podendo até auxiliar quem estuda grupos minoritários, sub-representados ou alvo de estigma social.
Paulo Martins e Leandro Costa iniciaram o projeto em janeiro de 2020, no âmbito de duas disciplinas do mestrado em Engenharia Informática da UMinho, orientadas pelo professor José Carlos Ramalho. Desenvolveram um algoritmo que identifica automaticamente artigos, comentários e fotos com referência a oito grupos: refugiados, mulheres, homossexuais, animais, africanos, asiáticos, ciganos e migrantes. São também focadas questões de género ou raciais mais gerais.
Em minors.ilch.uminho.pt pode consultar-se 16.286 artigos, com 4406 comentários associados, mas há também gráficos comparativos e detalhes como as figuras e os partidos mencionados. Os recortes são do período 2001-2019 e pertencem ao “Público”, o jornal com uma representação mais antiga e ampla no Arquivo.pt, mas a ideia é juntar em breve outros jornais e ano a ano.
A plataforma está construída em camadas e de forma modelar, o que permite adaptar a outros temas e línguas, como estrangeirismos introduzidos, a evolução da linguagem e dos estigmas sobre certos grupos ou ainda o sentimento da carga negativa ou positiva da notícia. Os autores vão também convidar a comunidade científica a usar o “Major Minors”; a 1 e 2 de julho apresentam o projeto no 10º Symposium on Languages, Applications and Technologies (SLATE), em Esposende.