B-Side. A academia que trabalha o lado B da aprendizagem e do sucesso

Chama-se “B-Side – Academia de Soft Skills” e é o lado B do sucesso. Lançado pela Universidade do Minho, e dinamizado pela TecMinho, este é um programa de competências transversais pioneiro no ensino superior nacional, que permite complementar a formação dos estudantes, melhorando a sua empregabilidade.

O programa inicia em Novembro e serve de complemento à aprendizagem técnico-científica que se adquire na universidade. O objectivo é desenvolver as soft skills.

Segundo o Banco Mundial, “quatro em cinco crianças que entram hoje na escola terão empregos que ainda não existem”, a OCDE diz que “50% dos empregos estão em risco pela automação” e o World Economic Forum estima que “40% das competências-chave do futuro serão diferentes das de hoje e que 50% dos conhecimentos adquiridos por um estudante do ensino superior no 1.º ano do curso estão obsoletos no final do mesmo”. 

Desta forma, a B-Side pretende desenvolver “competências transversais, como a criactividade, resolução de problemas, comunicação, resiliência, autorregulação e pensamento crítico”, explicou à RUM Paulo Silva, coordenador do programa. 

O responsável considera que “o sucesso está associado às competências técnicas, mas o que faz a diferença é a forma como mobilizamos esses conhecimentos”. “Podemos ser bons técnicos mas mau profissionais, porque não temos essas competências”, explicou. 

As sessões semanais focam aquilo a que se chama “resolução criativa de problemas”. Face à pandemia, a segunda edição do programa reduz para 40 participantes e cruza o formato presencial e online.

A participação é gratuita, uma vez que o programa está a ser “financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, no enquadramento das academias do conhecimento”.

As inscrições decorrem até ao final de Outubro e podem ser realizadas em www.b-side.pt. O programa inclui casos, instant challenges, desafios em grupo e role play, contando com formadores certificados pelo Torrance Center Portugal.