Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Domingo chegam a Portugal 144 ventiladores
Portugal prepara-se para receber este domingo 144 ventiladores novos de uma encomenda de 1.500.
Tratam-se de 1.298 ventiladores invasivos e 140 não invasivos. Alguns dos números correspondem a doações de empresas e particulares, anunciou esta manhã Marta Temido.
Segundo a Ministra da Saúde, os 144 ventiladores que chegam amanhã, serão posteriormente distribuídos por vários hospitais. Marta Temido reconhece que neste momento “o mercado está a funcionar num contexto de grande pressão”, admitindo ter conhecimento, a nível internacional, de “alguns desvios”.
A entrega seguinte de ventiladores está prevista para “meados de Abril”.
Sobre os equipamentos de protecção individual, Portugal continua a receber material que é depois distribuído por hospitais, centros de saúde e outros. A máscara cirúrgica está recomendada a todas as pessoas com sintomas, com doentes de covid-19, todas as pessoas que trabalham em instituições de saúde.
80 mil zaragatoas e 260 mil testes
Entre 1 de Março e 1 de Abril foram realizados 88.497 testes de diagnóstico. Só no dia 1 de Abril foram processadas mais de 9 mil amostras, o dia com maior número de amostras para diagnóstico processadas.
A capacidade actual diária no país é agora de 6780 testes no sector público e mais de 4 mil testes no privado.
O número médio de casos secundários resultantes para um caso infectado foi de 1.81. Ou seja, cada pessoa infectada contagiava em média menos de duas pessoas. A explicação foi deixada esta manhã pela ministra da Saúde, citando os especialistas portugueses dedicados à evolução da doença em Portugal. Segundo a mesma, os esforços “precisam de continuar no sentido de reduzir a transmissão”.
O reforço de meios humanos é outra preocupação do Ministério da Saúde, salientou esta manhã Marta Temido.
Sobre a saúde mental, a Ministra da Saúde referiu que a resposta deve ser “a mais robusta possível”.
Na linha SNS24 passará a existir atendimento psicológio, quer para a população em geral, quer para os profissionais de saúde. Uma linha que entrará em funcionamento na próxima semana, permitindo depois uma ligação às unidades de saúde mais adequadas, dependendo das situações.
A Ministra da Saúde reconheceu que todos têm medo e que é preciso equilibrar o medo com a coragem. “A saúde mental é uma componente essencial e estamos a desenvolver os melhores esforços”, disse.
Graça Freitas, Directora Geral de Saúde, explicou que o acompanhamento desta pandemia é feita com os dados diários e as projecções dos cientistas. Por isso, “ainda há muito trabalho para fazer para perceber em que tempo será útil começar a introduzir alguma normalidade na nossa vida”, disse, referindo-se ao regresso das escolas. “Não é uma resposta simples, tem que ser analisado dia-a-dia”, atirou. “Garanto é que hoje mesmo um grupo de académicos está a fazer esses estudos, em que datas podemos retirar algumas medidas de contenção social. É um equilíbrio difícil que requer muita ponderação”, sublinhou.
O Instituto de Saúde Ricardo Jorge está a ver a altura ideal para fazer testes de imunidade. Graça Freitas lembrou que em Portugal a maior parte dos doentes ainda está em recuperação porque a doença chegou há cerca de um mês. “Temos que encontrar a data ideal para fazer isto a uma franja da população”, admitiu. “O histórico deste vírus é muito curto, mas Portugal vai fazer estudos”, garantiu.
Expectativas para as próximas semanas
A Ministra da Saúde elogia “uma grande responsabilidade de grande parte dos portugueses”. Marta Temido referiu-se ao trabalho de todos os profissionais de saúde, mas também àqueles que trabalham em áreas fundamentais da economia.
“O enfrentar deste surto não é uma corrida de 100Metros, é uma longa maratona. Precisamos mesmo de continuar com as medidas de contenção e mitigação e informar-nos sobre as regras. E não podemos deixar sozinhos e abandonados à sua sorte aqueles que estão nos lares”, vincou.
Marta Temido lembrou aos portugueses que é preciso continuar a agir com responsabilidade.