Consumir mais água não vai significar mudança de escalão em Braga

Os habitantes em Braga vão pagar menos na factura da água em Março, ainda que a expectativa seja o aumento do consumo. É mais uma medida da autarquia para “ajudar” os bracarenses a gerir a situação impulsionada pela covid-19.

Com o encerramento de estabelecimentos não essenciais e as famílias recolhidas maioritariamente dia e noite em casa, os consumos de água e luz vão, obrigatoriamente, subir. Por essa razão, e na tentativa de minimizar o impacto deste consumo na factura da água, a Agere decidiu que mesmo com aumento de consumos, os escalões não serão diferentes do habitual.

A AGERE irá reescalonar, em termos de tarifário, esse consumo adicional. Rui Morais, administrador da Agere, explica que o “preço que as pessoas pagam pela água, excedente à media normal do consumo, não vai ser facturado aos escalões mais altos, mas sim ao escalão que a pessoa já normalmente consome”. A poupança, segundo o administrador da Agere, “poderá chegar aos 40%”.

A medida baseia-se em facturar esse excedente, quando comparado com consumo médio do último ano, ao valor unitário correspondente ao escalão máximo atingido num mês de consumo normal.

Quer as isenções para o comércio, quer estes descontos para os munícipes em geral, serão de acesso automático, e que se irão consubstanciar através de créditos futuros.

A AGERE irá enviar aos clientes toda a informação necessária tendo em vista as referidas medidas, e apela, por isso, para que não sejam, no imediato, sobrecarregados os canais de contactos com pedidos de informação sobre as mesmas, implicando atrasos nos atendimentos de outras questões urgentes.

Em paralelo a estas medidas, a AGERE decidiu suspender temporariamente a realização de cortes de água a clientes com facturas em dívida.

Para os restantes, e de forma a evitar que mais famílias entrem em situação de incumprimento perante eventuais dificuldades financeiras em resultado da pandemia, irá flexibilizar os pagamentos sempre que seja manifestada essa necessidade.

*Com Tiago Barquinha Gonçalves