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Agentes do Tribunal fecharam portas do Mavy

“Injustiçados. Sem palavras”. Foi desta forma que Ana Morgado, proprietário da cafetaria e galeria de arte em Braga, instalada num imóvel classificado, onde ficava a antiga livraria Bertrand, reagiu à ordem judicial de entrega do bem.


Os agentes do Tribunal fecharam, esta sexta-feira, as portas do Mavy. Dois agentes de execução e dois da PSP chegaram ao local por volta das 10h30 com ordem de entrega do bem e para trocar a fechadura do estabelecimento comercial. Quarenta e cinco minutos depois, a fechadura foi trocada e os bens dos irmãos Filipe a Ana Morgado, proprietários do espaço, começaram a sair.

“Trocaram a fechadura e nós estamos a ser obrigados a entregar o imóvel. Vamos tirar as nossas coisas e vamos embora. É hoje! Só estamos à espera que façam o inventário”, afirmou Ana Morgado, visivelmente emocionada.

A informação da visita dos agentes chegou informalmente aos irmãos. “Não estávamos informados pelo Tribunal, nem por ninguém. Soubemos porque o Dr. Hugo Pires confirmou junto de amigos dele que nos disseram a nós que íamos ser despejados esta semana e que se não entregássemos a chave a polícia vinha cá. Fomos aguardando a semana toda, como hoje era o último dia da semana sabíamos que íamos ter cá alguém”, comentou.

“Três funcionários vão para o desemprego” 

Com a porta fechada, lamenta a proprietária, “três funcionários vão para o desemprego” e as perdas financeiras também se vão fazer sentir.

Recorde-se que Hugo Pires, da CRIAT IMOBILIÁRIA, já havia dito à RUM que haveria “uma notificação do Tribunal a alguém que está a ocupar ilegalmente o espaço”, referindo que, alegadamente, os arrendatários não teriam contrato.

“Logo à tarde a nossa advogada vai dar entrada com um processo. Vamos até ao fim, até onde não pudermos mais. A lei está do nosso lado. Temos um contrato válido, por isso recorremos até onde tivermos que recorrer”, garantiu a proprietária do estabelecimento comercial.

Ana Morgado relembrou as propostas que chegaram por parte da CRIAT Imobiliária e garante que não eram satisfatórias: “Propostas de três anos para sairmos, aumentar a renda. A última era de três meses para sairmos. E é absurdo. Se temos um contrato de 25 anos que é valido, não íamos aceitar fosse ele de dez anos, porque temos um contrato melhor para nós”.

Os arrendatários do estabelecimento comercial receberam hoje ordem judicial de entrega do bem. A fechadura do imóvel foi mudada e os bens de Ana e Filipe Morgado, proprietários do Mavy, foram retirados. Os irmãos garantem que vão recorrer e lutar até ao fim, por estarem certos da legalidade do contrato de arrendamento daquele espaço.

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