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AAUM: Números do Retomar revelam “fracasso”

O Presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) volta a criticar os critérios de elegibilidade do programa Retomar.

Foram submetidos apenas 455 requerimentos, sendo que no ano passado foram submetidos 482.

A Universidade do Minho é a Instituição de Ensino Superior em Portugal com maior número de requerimentos, passando de 48 candidaturas para 62 candidaturas em 2015/2016, o que significa um aumento de cerca de 30%.

Ainda assim, Carlos Videira, presidente da AAUM, deixou novas críticas ao Governo.

“No ano passado já tínhamos alertado para uma série de critérios de elegibilidade que minam o sucesso de um programa que é bastante importante no sentido de recuperar estudantes que deixaram as universidades sem concluir os seus cursos e que, portanto, possam recuperar o investimento que as famílias, as universidades e que o próprio Estado fez nelas e, de certa forma, também aumentar as suas qualificações”. Carlos Videira lembrou que já no ano passado a experiência “ficou muito aquém do objectivo inicial de atribuição de 3.000 bolsas”, mas apesar das propostas de redesenho do programa que foram sendo apresentadas pelos estudantes o Governo sempre as rejeitou.

O presidente da AAUM sublinha que os números representam o “fracasso” do programa e diz que se “confirmaram os piores receios dos estudantes com uma diminuição do número de candidatos”. “As associações académicas sempre viram como necessário o redesenho do programa”, repetiu o presidente da AAUM.

A única reivindicação dos estudantes aceite pelo ministério, no ano passado, foi o alargamento nos prazos de candidatura. Mas são muito mais as propostas de alteração dos estudantes. “É necessário alargar este programa a maiores de 30 anos, é necessário alargar este programa a pessoas que não estejam em situação de desemprego porque muitos dos estudantes que abandonaram não podem deixar a sua fonte de subsistência para regressar à universidade”, avisou.

Para além disso, Carlos Videira lembra que o apoio do programa Retomar (1.200 euros) “será importante, mas apenas cobre o valor da propina”. Tendo em conta que a verba  alocada é de 4.5 milhões de euros,  este dinheiro  “está a ser desperdiçado e por isso faria todo o sentido aumentar o valor da bolsa , ainda que se pudessem definir diferentes escalões”, sugeriu.

Por fim, Carlos Videira apelou às próprias instituições de ensino superior para que promovam de uma forma mais directa o programa Retomar junto dos estudantes que em tempos abandonaram as universidades por falta de condições financeiras. “As instituições devem ter um papel mais activo na divulgação do programa e no contacto personalizado através dos serviços académicos e das suas bases de dados com todos os estudantes que deixaram os seus cursos sem os ter concluído”. Caso as sugestões dos representantes dos estudantes não sejam ouvidas, o presidente da AAUM teme que  o programa que é “importante e necessário” não traga os “frutos desejados” nem “recupere o investimento de famílias, de instituições e do próprio Estado”.

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