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Indústria têxtil em Guimarães está viva e recomenda-se
A indústria têxtil está de regresso e recomenda-se. Foi essa a ideia por trás da quinta reunião do Conselho Consultivo, proposta pelo presidente da Câmara de Guimarães. Empresários, investigadores e professores reuniram-se com Domingos Bragança e com o reitor da Universidade do Minho.
“Os têxteis têm um peso muito grande na economia nacional, mas é muito maior para a região e para Guimarães. Hoje abordámos o têxtil como um sector estratégico que integra novas tecnologias. Todas as áreas do conhecimento são absorvidas por este sector tão dinâmico: a afiação, a tecelagem e o vestuário”. Foi assim que justificou o autarca vimaranense a escolha do tema.
A Universidade do Minho foi o local escolhido para a iniciativa e não foi por acaso. O estabelecimento de ensino “tem um papel fulcral para o desenvolvimento da industria têxtil”, de acordo com Domingos Bragança. “É fulcral o papel da UM, pela Engenharia Têxtil, mas não só. Actualmente a indústria têxtil é transversal e absorve vários cursos da Universidade”, explicou.
Já António Cunha, reitor da Universidade do Minho, lembrou a fase difícil que a indústria conseguiu ultrapassar.
“É um sector de grande relevância nas exportações portuguesas. Um sector onde houve evidência de uma evolução muito positiva. Alguns especialistas e «fazedores de opinião» vaticinaram o seu fim há uns anos atrás. O tecido económico produtivo foi capaz de provar que esta é uma área pujante e vibrante, que é capaz de concorrer no contexto internacional. Claro que a indústria têxtil que existe hoje é diferente. A nível tecnológico, de conhecimento, inovação, design e qualidade de inovação é actualmente superior”, lembrou.
O afastamento dos alunos do curso de Engenharia Têxtil foi um grande desafio para a Universidade do Minho. A UM teve que fazer um “grande esforço” para manter o curso, de acordo António Cunha. “A Universidade fez um esforço financeiro enorme para não fechar um curso, quando todos os indicadores e toda a pressão externa era nesse sentido. A UM percebeu o que estava a acontecer e criou um curso paralelo, em regime pós-laboral. Como era expectável não conseguia atrair alunos do regime normal, mas sim alunos com outro perfil: com mais de 23 anos e que entram por outros esquemas que não o Concurso Nacional de acesso”, explicou.