UMinho quer incutir mais qualidade na indústria

O primeiro núcleo de estudantes para a Qualidade em Portugal está sedeado no campus de Azurém da Universidade do Minho. O núcleo é também o segundo na Europa associado à maior instituição mundial neste âmbito, a Sociedade Americana para a Qualidade (ASQ).

Tal como o nome indica, é constituído por estudantes, mas foi impulsionado por Paulo Sampaio, professor da academia minhota e conselheiro português da ASQ.

Segundo aquele responsável é preciso realizar iniciativas e difundir informação da área qualidade promovida pelos estudantes. O papel do docente de Produção e Sistemas passou por “promover e desafiar os alunos a constituírem o núcleo”.

André Carvalho é o primeiro presidente deste núcleo de estudantes. Chefia uma equipa que pretende “fazer a ponte entre a academia e a indústria, estando presente em conferências, fazendo workshops, organizando visitas da indústria à universidade” e vice versa. “Tentar envolver ao máximo os dois lados e passar o conhecimento que é feito na academia para a indústria, tentar que os alunos que saem tenham consciência da necessidade da qualidade e venham a implementar isso a partir do momento em que começam as suas carreiras na indústria”, explicou o jovem.

André Carvalho lamenta que muitas das vezes o verdadeiro sentido da qualidade acabe por ser “banalizado”, explicando que “a ideia básica da qualidade é oferecer ao cliente aquilo que ele realmente quer, fazer as coisas bem para corresponder às necessidades do cliente e não fazer as coisas que nos dão mais jeito fazer, ou que seriam mais fáceis fazer”. Um problema que ainda se repete “muito”, aparecendo imensos casos de “mais custos para voltar a fazer as coisas e tentar colmatar os erros que foram feitos ao não ter essa qualidade e esse espírito logo à partida”.

O núcleo de estudantes de Qualidade é constituído por alunos de diferentes áreas da academia minhota. Conta com estudantes de doutoramento, e muitos estudantes do Mestrado da Qualidade “que absorve gente das mais variadas áreas (bioengenharia, engenharia alimentar, saúde, tecnologias de informação e comunicação). Uma diversidade que confirma, segundo André Carvalho “a importância e o alcance que a qualidade pode ter em qualquer área”.