Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Ministro da Educação anotou problemas das escolas a Norte
Excesso de alunos por turma, recorrer a desempregados do IEFP para substituir temporariamente auxiliares, e falta de psicólogos foram algumas das fragilidades apontadas pelos directores de agrupamentos e escolas não agrupadas das regiões Norte e Centro do país, que reuniram com o Ministro da Educação nas Caldas das Taipas, esta manhã.
No final deste encontro, José Augusto Araújo, Director da Escola Secundária de Caldas das Taipas, onde decorreu a reunião, alertou que recorrer sistematicamente a desempregados inscritos no IEFP durante um curto período de tempo “não é solução para coisa nenhuma, mas é, eventualmente, em alguns casos, um paliativo temporário que pode ser usado mas que devia ser sempre uma solução pontual”. O porta-voz referiu que essas funções “requerem uma dedicação em exclusivo, um tempo de aprendizagem e de capacitação para esses postos de trabalho nas coisas que são específicas da relação com os alunos, da realização com o tipo de funções profissionais”, algo que “não pressupõe uma rotação de pessoal nem este tipo de recurso”. O director da escola lamentou que nos últimos anos se venha a recorrer a isso “em excesso”.
Sobre esta matéria, o Ministro da Educação reconheceu o défice de pessoal não docente assinalando que “é uma das preocupações primárias” deste novo Governo que está a “elaborar protocolos para poder recrutar um número suficiente de elementos de pessoal não-docente para que o trabalho nas escolas se possa fazer com normalidade”.
Para além deste ponto, o director da Escola Secundária de Caldas das Taipas referiu também outras questões discutidas esta manhã, nomeadamente o número de alunos por turma, sobretudo nos cursos profissionais. Anteriormente o limite mínimo era de 18 alunos e o máximo de 23, agora é de 24 a 30, “um aumento muito substancial”, apontou. Por isso, José Augusto Araújo avisa que “é absolutamente premente um ajustamento” uma vez que se trata de um ensino com características específicas, um trabalho que necessita de ser “mais próximo e interactivo”.
Entre outras questões, o modelo de exames também foi referido, onde os resultados negativos em determinadas áreas revelam algo mais. O director da escola secundária de Caldas das Taipas assinalou que “há coisas a corrigir nos exames porque não se pode pensar que em determinadas áreas o problema está nos alunos ou em quem os ensina”. Se a média em todo o país é negativa “é preciso olhar para os exames e ajustar os conhecimentos a validar”, acrescentou.
Algumas escolas necessitam também de psicólogos para acompanhar problemas pessoais e sociais assim como a orientação para o procedimento de estudos para o Ensino Superior e para o futuro profissional. A Escola Secundária de Caldas das Taipas é um dos exemplos, não tem psicólogo ou assistente social porque ainda não obteve autorização para contratar.
O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues tem estado em vários pontos do país para apresentar o modelo integrado de avaliação externa das aprendizagens no Ensino Básico. No final da reunião desta manhã explicou que os docentes estão “contentes” pela abertura do ministério em ouvir os problemas das escolas e procurar encontrar soluções.