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Chave do convento de S. Francisco nas mãos da UMinho

Já está nas mãos da Universidade do Minho a chave do Convento de S. Francisco, em Real. Propriedade da Câmara Municipal de Braga, o edifício e zona envolvente passa para a responsabilidade da instituição de ensino superior que aí vai instalar a Unidade de Arqueologia. A Universidade do Minho vai candidatar-se ao Horizonte 2020 na expectativa de captar fundos comunitários para o projecto que deverá rondar os três milhões de euros, segundo o reitor António Cunha. O responsável está convicto de que o edifício restaurado e com as novas valências esteja concluído dentro de cerca de três anos.

A cerimónia simbólica de assinatura do contrato de comodato decorreu na igreja de S. Francisco. Naquele espaço, a presidente da Unidade de Arqueologia, Manuela Martins, começou por referir que esta cedência “abre a porta a um diálogo muito importante” e é “uma boa prática de actuação do património, um projecto que vai ficar no mapa”. Depois de um ano e meio de diálogo e de um longo trabalho que tem envolvido diferentes áreas do saber da instituição de ensino superior, a responsável, que olha para esta parceria como “fundamental”, agradeceu o gesto da Câmara Municipal de Braga e “a visão, o empenho e a capacidade de decisão rápida” do reitor António Cunha. Palavras de agradecimento que chegaram ainda a Paulo Ramísio, pró-reitor das infraestruturas e sustentabilidade, e a todos os envolvidos no projecto, nomeadamente a Arquitecta Maria Manuel.

(Peça AAUMTV)

A Luis Fonte, arqueólogo e docente da Unidade de Arqueologia da UMinho coube a apresentação do projecto. O responsável referiu o impacto e simbolismo do espaço que vai acolher a unidade. “Vai estar no melhor sítio, vai ficar instalada em cima de ruínas”, sublinhou. 

O responsável assinalou a “acumulação extraordinária de património ao longo das diferentes fases”. 

Luis Fontes não esqueceu aquilo que era a intenção do anterior executivo para o espaço, “agradecendo”, de certa forma,  a “felicidade” de ter faltado financiamento para avançarem neste local com uma pousada de juventude. “Temos de ser inflexíveis, o património tem de ser reservado”, avisou, referindo-se a um edifício “carregado de história”. Depois das obras o convento de S. Francisco vai aparecer como “mais um monumento a visitar”, enriquecendo o turismo religioso e captando a atenção de tantos turistas que circulam por Braga, Santiago de Compostela e Fátima, acrescentou o responsável.

A Unidade de Arqueologia pretende ainda que o visitante perceba o espírito franciscano. No lugar desenhado com jardins, uma horta e uma mata, o turista deverá explorar esta zona descalço, numa aproximação ao passado.

Arte, história, arqueologia, cultura, sociedade, paisagem, conhecimento e investigação estão garantidas no espaço que será totalmente requalificado. Destacando que a Universidade do Minho “é boa a intervir em património”, o docente não tem dúvidas de que a partir daqui a UM estará posicionada “com competências de ponta nesta matéria”. 

A Unidade de Arqueologia conta actualmente com cinco técnicos superiores, arqueólogos doutorados, e vinte bolseiros de investigação, alguns mestrandos, outros doutorandos e outros pós-docs. O responsável explicou que no novo espaço será possível “renovar” os corpos de bolseiros para investigação, atraindo investigadores internacionais. Será também disponibilizada a biblioteca especializada, com mais de 25 volumes e que neste momento está encerrada. No Convento de S. Francisco vai ser possível “guardar adequadamente todo o património documental que a unidade de arqueologia foi acumulando ao longo dos quarenta anos da sua existência”, explicou o docente.

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