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Reputação é o maior receio das vítimas de cyberbullying

Num tempo em que a internet está cada vez mais nas nossas vidas e em que as redes sociais são cada vez mais poderosas, o cyberbullying é também mais recorrente. Na UMinho, uma investigadora do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade passou os últimos seis anos a estudar este fenómeno assim como o Cyberstalking.

O estudo envolveu a participação de 193 estudantes da Universidade do Minho e da Universidade da Beira Interior através da resposta a um inquérito.  A reputação é a consequência mais negativa do cyberbullying, admitem as vítimas inquiridas.

À RUM, Luzia Pinheiro admite que o tema ainda é um tabu para as vítimas. Uma das confirmações é que o cyberbullying “tem uma maior incidência do que à partida seria expectável”, um tema que é ainda “tabu”, referiu. “As pessoas não falam disso, negam serem vítimas, evitam pedir ajuda e têm vergonha”. Um problema que, segundo Luzia Pinheiro, “destrói completamente a reputação de uma pessoa porque se espalha na internet, muito mais depressa do que boca boca”. “Não há controlo nenhum sobre o público” e o número de pessoas que acaba por ver/saber “é muito maior”, acrescentou.

Uma das fases do estudo de Luzia Pinheiro decorreu nas redes sociais, blogues, grupos de ajuda e fóruns.

Nas universidades, o estudo incidiu em 193 estudantes da Universidade do Minho e da Universidade da Beira Interior. “11% dos estudantes diziam que já tinham sido vítimas, outros 11% diziam que talvez pudessem ter sido vítimas, mas não tinham a certeza, e os restantes pensavam que não tinham sido vítimas”. Ainda assim, a investigadora lembrou que as pessoas que pensam que não tenham sido vítimas podem ter sido, mas podem não ter conhecimento “porque o cyberbullying muitas vezes acontece e a pessoa não tem conhecimento”, apontou Luzia Pinheiro.

A maioria dos inquiridos admitiu que a reputação é a consequência mais negativa de sofrer cyberbullying. “As pessoas já não olhavam para elas da mesma maneira, porque ficava uma mancha, principalmente devido ao conteúdo exposto como imagens, histórias falsas”, exemplificou a investigadora através das respostas recolhidas junto daquele grupo de universitários.

Ponderar os conteúdos publicados na internet é um dos conselhos que fica por parte de quem já foi vítima de cyberbullying. Luzia Pinheiro concluiu que “as pessoas têm tendência a expor-se mais na internet, não ponderam os conteúdos que publicam. Metem informações a mais, de carácter privado como morada, localizações, indicações do local de trabalho, os horários em concreto, imagens em que se mostram demais, tanto ao nível de mostrarem o corpo como ao nível de mostrarem a casa que moram, os locais que frequentam”. Dados que “permitem que qualquer pessoas que esteja a persegui-los consiga ter controlo sobre eles”, explicou.

O estudo desenvolvido nos últimos seis anos resulta da tese de doutoramento.

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