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CTB celebra Dia Mundial do Teatro com a peça “Justiça”
Esta segunda-feira celebra-se o Dia Mundial do Teatro e a Companhia de Teatro de Braga (CTB) apresenta, novamente, a peça “Justiça”, de Camilo Castelo Branco, no Theatro Circo. O drama de faca e alguidar camiliano conta-nos uma história bem portuguesa de um homem que decide fazer justiça com as próprias mãos. A peça sobe ao palco do Theatro Circo esta segunda, terça e quarta às 21:30. Repete esta terça, quarta e quinta às 15h. Na quinta-feira há também uma sessão às 11h.
Um peça que “corresponde a um momento histórico, do início do Séc XIX, em que havia um forte fluxo migratório para o Brasil”, contou à RUM Rui Madeira, director da CTB. O também encenador da peça frisa que, na altura, as pessoas iam para o Brasil por várias razões: necessidades económicas, outras por desgostos de amor, sendo este o caso. “Gera-se um drama verdadeiro, de uma jovem mulher rica, filha de aristocratas, que não a deixam casar com um jovem amanuense. A rapariga fica grávida, ele tem que fugir para o Brasil. Passados 20 anos, já rico, o homem volta a procura da filha, e acaba por a encontrar numa pensão, em Lisboa, nas mãos de um «malandro»”, resume Rui Madeira.
Uma peça que faz parte do ciclo dedicado aos portugueses. “É um drama que pouca gente conhece. Neste espectáculo, todos somos uma tradição portuguesa, de faca e alguidar, com uma forma portuguesa de fazer teatro, num registo de comédia, embora isto seja um drama”, explica. Em “Justiça” as personagens são “tipológicas da essência portuguesa: o invejoso, o malando, ou o que se faz passar por sério e depois tem uma vida criminosa”, contou.
“É preciso ir ao teatro”
Em dia Mundial do Teatro, o director da CTB lembra que é preciso “ir ao teatro” e reflectir sobre a arte teatral. “Esta segunda-feira é um dia para ir ao teatro, obviamente. Para quem o faz, é um dia para reflectir sobre ele, mas a reflexão tem que ser feita todos os dias. Não sou pacífico nesta matéria e este ano não foge a regra”, lembrou. Rui Madeira recordou que as Companhias de Teatro portuguesas ainda não receberam nenhum financiamento do Estado. “Estamos no quarto mes do ano e é impensável que se possa viver assim”, lamentou.
“Justiça”, de Camilo Castello Branco pela Companhia de Teatro de Braga, está em cena no Theatro Circo até à próxima quarta-feira.