Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Caso Banif: Rui Rio considera inadmissível solução da UE
Rui Rio considerou “inadmissível” a União Europeia ter imposto uma solução no caso Banif. O ex-presidente da Câmara do Porto esteve esta tarde, em Braga, a participar nas V Jornadas de Economia, iniciativa promovida pela Escola de Economia da Universidade do Minho, onde afirmou estar “chocado” com o que se passou com o Banif.
Na sua intervenção, o ex-autarca deixou bem claro que considera “inadmissível” que a União Europeia tenha imposto a Portugal entregar aquele banco aos espanhóis do Santander, acabando por “impor” assim uma despesa ao contribuinte português.
Sobre o Banif, Rui Rio considerou importante perceber a veracidade das contas do banco apresentadas porque em “termos contabilísticos” o banco tinha um “valor de referência de 675 milhões o que não tem nada a ver com menos três mil milhões, que foi o que acabou por custar”.
“É absolutamente nuclear perceber, eu não consegui perceber, se estas contas correspondem à realidade ou se não correspondem à realidade. Se não correspondem, se o Banif, empresa cotada, punha contas completamente fraudulentas, bom, então temos que pedir responsabilidades a quem certificou as contas, a quem auditou as contas, e ao Banco de Portugal que tinha no Banif um escritório instalado”, disse.
E por isso, na sua opinião, Portugal tinha duas opções distintas neste processo: “dizer não à União Europeia, não faço isso, vou capitalizar o banco e vou vendê-lo quando estiver em condições de ser vendido sem encargos para o contribuinte”, caso essa forma não fosse possível, “então o banco deveria ter sido vendido rapidamente, mas de uma forma normal, com concurso aberto a todos os candidatos”, explicou.
O ex-autarca considerou ainda que a comissão parlamentar de inquérito ao Banif “não é tao isenta” como foi a do “caso BES”.
“A comissão de inquérito parlamentar ao Banif não é tão isenta como foi a do Banco Espirito Santo (BES). Já se vai notando a intenção de uma ala culpar a outra. A do BES era claramente mais isenta e isso é sempre mau”, considerou.