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Museu Industrial poderia beneficiar candidatura à UNESCO
A candidatura da zona de Couros, em Guimarães, a Património Mundial poderia beneficiar da criação de um Museu Industrial. A opinião é de José Lopes Cordeiro, um dos consultores do Conselho Internacional de Monumentos e sítios – o organismo responsável pelas atribuições do Estatuto de Património da Humanidade.
O também docente da UM admite, no entanto, que a existência do museu não é condição essencial para o sucesso da candidatura. “A existência de um museu industrial poderia favorecer a candidatura, de facto. Mas não me parece que seja indispensavel. Se o Museu já existisse, reforçaria a candidatura. Mas na realidade a candidatura pode ter sucesso sem o Museu, dependendo da maneira como for elaborada”.
Guimarães é uma cidade industrial e o Museu Industrial é uma temática incontornável. Lopes Cordeiro lembra que a cidade já teve um Museu Industrial no princípio do século XX, por iniciativa da Sociedade Martins Sarmento. “Além do Porto e de Lisboa, é das poucas cidades portuguesas que tiveram um Museu Industrial. É singular fora destas duas metrópoles, ver uma pequena cidade provincia – como era Guimarães – ter esse museu. Recorre da importância que a indústria sempre assumiu no concelho. É algo que acontece ainda hoje: Guimarães tem uma grande percentagem de mão de obra a trabalhar no sector secundário, o da indústria”.
José Lopes Cordeiro é um dos consultores para a indústria do organismo que atribui a classificação que a Zona de Couros procura. O docente da Universidade do Minho está otimista quanto ao sucesso da candidatura. “É uma concentração de estructuras fabris que não são fáceis de encontrar na Europa. Aquela zona ja existia antes da fundação da nacionalidade. É mais antiga do que Portugal. Além disso, o facto de não ser uma classficação pela primeira vez, mas sim o alargamento da zona do centro historico, que já está classificada, facilita a classificação”, assegurou.
O consultor recordou que além do siginificado da nomeação, a classificação “tem consequências económicas importantes, nomeadamente a nivel do turismo e é por isso que todos os países a querem”.