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Trabalhadores da Jado Ibéria novamente em greve
Os trabalhadores da Jado Ibéria estão, de novo, em luta. Esta manhã cumpriram uma hora de greve que paralisou, quase na totalidade, toda a unidade produtiva da empresa do sector metalúrgico.
Os cerca de 100 trabalhadores reclamam um aumento de 20 euros nos salários e melhoria das condições de trabalho.
Augusto Moreira, coordenador da Comissão de Trabalhadores, explicou à RUM que “a reivindicação parte do caderno reivindicativo que foi entregue à empresa em Dezembro do ano passado e do qual não há novidades”. O trabalhador assumiu que, perante o aumento de 20 euros solicitado, “a situação está ainda muito longe disso”. Afirmou, ainda assim, que “há trabalhadores que foram aumentados em dez euros, ou pouco mais do que isso, mas que há outros – assistentes da administração – que tiveram um aumento de vinte euros”.
Perante este cenário, os trabalhadores prometem agora continuar com várias jornadas de luta, caso a situação se mantenha inalterada. “Estamos decididos a continuar com a luta, se for preciso o ano inteiro. Já no próximo mês prometemos endurecer a luta”, confirmou Augusto Moreira.
Apesar da administração dar conta de que a empresa tem resultados negativos, os trabalhadores garantem que cumprem de forma exemplar o seu trabalho. “Temos conseguido fazer tudo o que nos pedem e não há um único sector que esteja parado”, garante o coordenador da comissão de trabalhadores que lembra à administração que “os trabalhadores estão ali para trabalhar”.
Augusto Moreira revelou ainda que já foi ameaçado pela própria administração da empresa com um processo disciplinar. “Apenas perguntámos à administração se sabia que um determinado administrador iria receber um prémio neste ano. Logo depois fomos ameaçados com um processo disciplinar caso não revelássemos quem nos passou a informação. Disseram-nos que era um caso de polícia, que iam investigar, mas até hoje nada foi feito.
Acredito que o prémio foi pago”, concluiu Augusto Moreira.
PCP solidário com greve dos trabalhadores
Esta acção de luta desta manhã foi acompanhada por uma delegação do PCP. João Frazão, Carlos Almeida e Carla Cruz foram algumas das figuras do partido que se associaram a esta luta.
A deputada da Assembleia da República e eleita pelo distrito de Braga confirmou que o PCP apenas quis, com esta presença, “mostrar solidariedade para com estes trabalhadores”. “É importante que não haja, por parte da empresa, uma imposição e desrespeito para com os trabalhadores”, sublinhou Carla Cruz que considerou que são “reivindicações justas” aquelas que os trabalhadores exigem.
Carla Cruz recordou ainda que “a entidade patronal rejeita, constantemente, as propostas dos trabalhadores”, mas explicou que, neste momento, “é importante dar continuidade à luta porque é o momento de combater a precariedade”.