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Governo vai para as escolas promover uso da bicicleta

O Governo vai criar um programa nacional destinado aos estudantes da escolaridade básica que ensine os jovens a circular de bicicleta no meio urbano.

A intenção do executivo é sensibilizar esta comunidade estudantil para a cultura da mobilidade ciclável. Pretende-se com a iniciativa colocar os jovens a andar de bicicleta em via pública e, dessa forma, habituar a população à “necessária coabitação” de bicicletas, peões e automóveis na mesma.

A novidade foi avançada à RUM por José Mendes, secretário de estado adjunto e do ambiente em declarações ao programa Campus Verbal desta semana. “Quero preparar um programa de larga escala que abarque o país todo e que vá aos estudantes do terceiro ciclo do ensino básico e que os ensine a andar de bicicleta na via pública e que os faça apropriar-se da cultura da mobilidade ciclável”, admitiu o governante que frisou ainda que a bicicleta é “um modo de transporte que faz parte do ecossistema da mobilidade e que tem de ser respeitada”. José Mendes não tem dúvidas em afirmar que “as diferentes formas de mobilidade têm de coabitar no mesmo espaço físico”.

No programa da RUM Campus Verbal, conduzido por Daniel Vieira da Silva, o secretário de estado explicou como se vai proceder esta divulgação do plano: “Vamos ter de ir às escolas, fazendo parcerias com os municípios. Temos que criar programas de sensibilização e formação de forma a que os jovens percebam, nos seus 14 anos, que a mobilidade ciclável é uma opção e que essa opção nos interessa quando andamos na via pública”. O governante 

assumiu que “seguramente” este é um programa para arrancar na actual legislatura.

Na base do programa há a crença, partilhada por José Mendes, de que “a mudança parte da alteração das mentalidades”. “O que tem que fazer as diferenças são as pessoas, a mudança de comportamentos e atitudes e a atenção pelo ciclista. Isso deve começar pelas gerações mais novas porque não se muda o mundo começando as reformas pelas gerações mais velhas”. José Mendes admite, ainda assim que esta mudança de comportamentos “deverá ser complementada com regulamentação adequada”.

Recordo que o Governo lançou este ano o “Compromisso pela bicicleta”, um projecto mais transversal e que abarca comunidades intermunicpais, autarquias, universidades e empresas. O objectivo do projecto está definido: “Aumentar em 10 por cento a quota modal da bicicleta (actualmente representa 0,5 por cento do total das deslocações casa-trabalho/escola), reduzir em 10 por cento o número de deslocações em veículo individual (neste momento constituem 60 por cento do total das deslocações casa-trabalho/escola”, “estimular estilos de vida saudáveis” e “reduzir as emissões e a dependência energética dos combustíveis fósseis”.

Recordo que, sobre esta matéria, Portugal, em 2013, encontrava-se num dos últimos lugares de um ranking europeu que comparou vários indicadores sobre o uso da bicicleta e que foi divulgado pela Federação Europeia de Ciclistas. O país situa-se na 23.ª posição, juntamente com Espanha e à frente apenas da Bulgária, Roménia e Malta.

A entrevista na íntegra pode ser ouvida, em formato podcast em: www.rum.pt/shows/campus-verbal

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