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Guimarães quer Zona de Couros a Património em 2017
A Câmara Municipal de Guimarães (CMG) quer fazer da Zona de Couros Património Cultural da Humanidade em 2017. Depois do Centro Histórico, que foi classificado em 2001, o Município quer com esta candidatura duplicar a área classificada como Património da UNESCO. O projecto foi apresentado publicamente esta manhã em reunião do executivo.
Domingos Bragança, presidente do município, explicou que esta candidatura propõe “cinco vezes a mais a área tampão (a que rodeia a área classificada), que vai desde a Igreja da Penha até à Veiga de Creixomil. Isso é muito importante porque, desta forma, liga-se à com a candidatura da Capital Verde Europeia”, tendo em conta as consequências desta nomeação.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães assinala que, apesar da candidatura poder ficar pronta no próximo ano, o reconhecimento mundial só virá em 2017. “Temos que finalizar os formulários e também pequenos ajustamentos para aprimorar a candidatura. Em 2016 temos esse objectivo conseguido. Quanto ao reconhecimento mundial, temos um handicap: até 2016 a Presidência da UNESCO está nas mãos portuguesas. Não é uma questão formal mas, normalmente, um país que lidera não classsifica espaços da sua nacionalidade. Se calhar vamos ter que esperar até 2017″.
Domingos Bragança assinala ainda que a classificação da Zona de Couros como Património Cultural da Humanidade é também uma forma de distribuir os turistas pela cidade por outra zona que não apenas o centro histórico. “Passaríamos a ter uma área classificada extensa e que faria a descompressão sobre o Centro Histórico, que está sob imensa pressão dos visitantes e dos vimaranenses. Se alargarmos a Couros, ela passa a ser obrigatoriamente visitada pelas pessoas que seguem os roteiros dos Patrimónios Mundiais, que são muitos”.
A candidatura foi elogiada pela oposição da CMG. Torcato Ribeiro, vereador da CDU, diz-se optimista quanto ao sucesso da candidatura. “Estão criadas as condições para que essa candidatura possa ser bem sucedida. Estamos perante um trabalho com muita profundidade e que só nos pode deixar optimistas quanto ao seu sucesso”. O vereador comunista lembrou ainda a importância histórica da Zona de Couros: “Esta era uma zona um pouco desprezada na cidade e, depois de algumas intervenções, toda a gente se apercebeu que temos uma zona riquíssima, um autêntico museu vivo da cidade e que representa uma época de uma actividade que já foi muito importante em Guimarães e que neste momento tem pouca representatividade”.
Também André Coelho Lima, da coligação Juntos por Guimarães, lembrou que esta é uma àrea à qual Guimarães está já habituada. “Não é uma questão de “vimaranencidade”, mas uma questão de objectividade. Do ponto de vista histórico e da valia dos edifícios em causa, justifica-se. Além disso, do ponto de vista do trabalho do município, contrariamente a outras, esta é uma área onde existe um trabalho de base, uma candidatura de sucesso em 2001 e um trabalho de requalificação patrimonial reconhecido por todos. As candidaturas que mais se discutem em Guimarães são candidaturas a capitais de qualquer coisa. Nós defendemos que tem que ter primeiro um trabalho de base”, frisou o vereador.