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‘Novo’ PEB consome verba total de fundos comunitários

Os 5.9 milhões de euros de fundos comunitários que a Câmara Municipal de Braga vai receber para reabilitação não chegam para pagar a requalificação do Parque de Exposições de Braga e zona envolvente. Só para esta zona, o município prevê um investimento que ascende aos sete milhões de euros. A Câmara Municipal de Braga está sem verbas comunitárias para cumprir algumas das promessas que Ricardo Rio fez aos bracarenses, nomeadamente a requalificação da antiga Fábrica Confiança – edifício que o autarca até admite alienar – a requalificação da Francisco Sanches e a requalificação do Mercado Municipal. Ainda assim, sem fundos comunitários, Ricardo Rio admitiu ontem que vai lançar já em Julho o concurso público para as obras de intervenção no Mercado Municipal de Braga.

“É o nosso projecto prioritário” – Ricardo Rio

No que respeita ao Parque de Exposições de Braga, a decisão está tomada até porque esta “é a grande prioridade” para Ricardo Rio. Ontem, em conferência de imprensa após mais uma reunião do executivo, o autarca sublinhou que o equipamento é “crucial do ponto de vista económico”, que “vai ganhar imenso em termos de funcionalidade e sobretudo de versatilidade” porque vai passar a poder acomodar “espectáculos culturais e iniciativas desportivas de grande envergadura e vai reabilitar do ponto de vista urbanístico toda aquela zona”.

Mercado Municipal – “Vamos lançar a obra mesmo sem financiamento comunitário”

E mesmo sem financiamento, o autarca bracarense confirmou que em Julho será lançado o concurso para a obra no mercado municipal, local onde se prevê um investimento superior a quatro milhões de euros. “Nós consideramos de tal forma importante a reabilitação do mercado municipal que, haja ou não financiamento comunitário, nós não deixaremos de avançar com a obra e de a concretizar. Vamos fazê-lo dentro do orçamento muncipal, nós já tínhamos acautelado, este é um projecto que se vai estender por dois anos”, disse o autarca. No orçamento municipal já constavam cerca de dois milhões de euros para a requalificação do mercado. A obra pode ultrapassar os quatro milhões de euros.

“Vice-presidente tem um peso político abaixo de zero” – Hugo Pires (PS)

Ainda assim, as críticas fizeram-se ouvir do lado da oposição. Os socialistas não concordam com o actual executivo. Hugo Pires acusa Ricardo Rio de ter uma noção errada do desenvolvimento da cidade. “Ficamos espantados com a mudança de prioridade do presidente de câmara e achamos que é um erro esta visão de desenvolvimento da cidade”, admitiu o socialista.

As críticas dirigem-se, sobretudo, para a hipótese de venda da antiga Confiança, “um dos pontos a contribuir para a dinamização de todo o eixo” centro – Universidade do Minho. Sem fundos comunitários e com a hipótese de alienação já admitida pelo autarca, Hugo Pires acusa-o de “falta de ideias” seguindo sempre “pela visão mais fácil, concentrando todo o dinheiro que existe num só projecto, na InvestBraga”. O socialista vai mais longe apontando que Firmino Marques, “o vice-presidente da câmara, tem um peso político abaixo de zero”. Recorde-se que antes de chegar ao executivo municipal, Firmino Marques era o presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, e foi um dos principais intervenientes na luta pela aquisição da antiga saboaria por parte do município bracarense.

Confiança: “quem esperou até agora também pode esperar mais dois anos” – Carlos Almeida (CDU)


Carlos Almeida avisa que sem financiamento, a opção ideal, dentro do possível, é esperar mais dois anos e não abrir mão da Confiança. O vereador da CDU apelou ao presidente da câmara e à maioria para que “ponderem bem, recuem na alienação e encontrem outras soluções, desde logo aguardar por eventuais fundos comunitários”. O comunista lembrou que “nada diz que de 2018 em diante não possa haver fundos comunitários”. “Se já aguardamos estes anos, qual é o problema de aguardar mais dois anos para não se deixar cair este grande projecto para o desenvolvimento da cidade?” questionou o vereador.

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