Menu

RUM Social

Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio

Eleições na Escola de Engenharia envoltas em polémica

Estalou o verniz nas eleições para o Conselho de Escola, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho (EEUM).

O acto serviu para eleger os 15 lugares no Conselho, entre representantes dos docentes, funcionários e estudantes. Destes elementos sairá a nomeação para o futuro presidente de escola.

A polémica aconteceu na passada semana, na eleição para os representantes dos estudantes.

Com duas listas a votos, e já com os resultados apurados, a lista B fez uma denúncia à Comissão Eleitoral. Os estudantes acusaram o professor Higino Correia de coagir a alunos a votar na lista contrária. Esta coação fez com que a lista B perdesse estas eleições nos três ciclos de estudos – 1º, 2º e 3º ciclos. Esse foi o entendimento de Luís Bernardo, estudante que compunha a lista B e que falou em “situação irregular”. “Era um dia de sufrágio em que cada um deve ter o direito de votar em consciência e sem ser coagido seja por quem for. O grande problema foi ser um docente a fazer pressão sobre estudantes para que estes fossem às urnas votar. O mesmo docente deu, inclusive, indicações aos estudantes sobre qual deveria ser o seu sentido de voto”, acusou Luís Bernardo em declarações à RUM.

A situação foi denunciada à Comissão Eleitoral e transmitida, via e-mail, a toda a academia por este estudante. No próprio dia, o professor em causa foi avisado pela Comissão Eleitoral. “O professor Higino foi aviso pela Comissão Eleitoral, mas o mesmo continuou nos seus passeios”, atestou o estudante que diz, não ter dúvidas: “A partir do momento em que o professor surge com 12 estudantes à porta da sala de voto assumimos que houve uma influência directa na votação. Se a estes 12 alunos juntarmos as várias salas onde o professor repetiu o acto, estamos a falar de muitos mais”.

De referir que o professor Higino Correia estava afecto a uma lista de docentes que já havia assumido o apoio à lista A dos estudantes. O certo é que, com os três estudantes eleitos, todos da lista A, esta facção garante a maioria no Conselho de Escola.

A RUM tentou, insistentemente, ao longo desta segunda-feira, confirmar a veracidade dos factos junto do professor, que após um primeiro contacto, deixou de responder aos sucessivos telefonemas da Universitária.

A resposta chegou, via e-mail, por intermédio de Pedro Vieira, candidato da Lista A a Representante de Estudantes do 3º Ciclo do Conselho de Escola da EEUM. Na nota enviada à RUM, o estudante refere que, no entender da sua lista, “as eleições decorreram de forma ordeira e civilizada, e além disso, com elevada participação de todos os membros da EEUM tanto em Gualtar como em Azurém”. No mesmo documento a que a RUM teve acesso pode ler-se o seguinte:

Vimos na última 4ª feira em Azurém o Prof. Higino Correia (…) a apelar à participação nas eleições e a indicar o local da mesa eleitoral a vários membros da comunidade académica (…). Ao mesmo tempo, outros docentes e que são membros das lista envolvidas faziam o mesmo, e membros da lista B dos estudantes incluindo o Luís Bernardo procuravam alunos nas salas e no exterior e perfilavam-nos à porta da sala da mesa eleitoral para votarem, indicando-lhes para votarem na Lista B. Mas, como foi possível ouvir nos corredores, valia tudo, já que são as listas da AAUM e podem fazer tudo o que querem! Como perderam as eleições, a Lista B vem agora protestar e arranjar como bode expiatório o Prof. Higino Correia, que não é nem candidato nem mandatário de nenhuma lista neste ato eleitoral!”


Esta lista de estudantes pede agora ao Reitor da academia, António Cunha, que valide os resultados eleitorais.

A RUM sabe, igualmente, que Paulo Flores, professor catedrático da escola de Engenharia, deverá ser indicado como o próximo presidente da escola.

Partilhe esta notícia

Deixa-nos uma mensagem

Deixa-nos uma mensagem