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Sindicato têxtil denuncia má gestão no Minho

Multiplicam-se os casos de pagamentos de horas extraordinárias abaixo da lei no sector têxtil. Uma das áreas com mais trabalho na região do Minho continua a preocupar os sindicatos que condenam a “má gestão” de muitas empresas.

Ontem, depois de uma reunião com a deputada da CDU Carla Cruz, o responsável do Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes, Francisco Vieira, referiu que o principal problema no setor se encontra na gestão e na banalização do Plano Especial de Revitalização (PER). “O sector está a trabalhar bem e não há dinheiro, mas então para onde vai o dinheiro? Para tapar os enormíssimos buracos abertos, tem a ver com a gestão. O problema é de gestão, porque se há mercado e se há negócio, o que é que se passa?”, questiona o sindicalista. De acordo com o responsável “o PER está a ficar banalizado e está a ser utilizado como os processos de insolvência”.

Mas há mais situações denunciadas pelo sindicato têxtil do Minho. Nas assembleias de credores, principalmente de confecções, Francisco Vieira explicou que tem acompanhado muitos casos ao longo deste verão e as justificações apresentadas pelos empresários são as mais variadas. Há confecções com mais de 15 trabalhadores que nem têm máquinas e os responsáveis justificam estas questões com exemplos como o facto de as máquinas da empresa serem da esposa, ou o facto de já estar no mesmo espaço a trabalhar outra empresa. Para além disso, o responsável do sindicato lança outra questão: “ dizem que por cada empresa que morre nascem cinco, mas qual é a qualidade e com quantos trabalhadores é que nascem com estas cinco empresas?”. Entre outros exemplos, Francisco Vieira apresentou o do capital social, com empresas que “têm apenas cinquenta euros de capital”.

São muitas as queixas dos trabalhadores do sector têxtil. “Há trabalhadores que não receberam subsídios de férias, há trabalhadores que estão a receber muito tarde os salários, não há horário”. Quanto às horas extraordinárias, “muitas não são pagas, outras são pagas a 2,91 euros, tanto vale trabalhar ao sábado ou à noite, é sempre o mesmo preço e em dinheiro vivo”.

Candidata da CDU promete campanha de luta pelos direitos dos trabalhadores

Ouvidas mais uma vez as reivindicações e os problemas que afectam o sector, a cabeça de lista da CDU pelo distrito de Braga promete lutar pelos direitos dos trabalhadores do têxtil e vestuário, assim como das indústrias transformadoras.

Ontem à tarde Carla Cruz, actual deputada e candidata a um novo mandato na Assembleia da República, reuniu com a direcção do sindicato têxtil do Minho e do SITE Norte em Guimarães, onde ouviu as principais preocupações dos trabalhadores do sector têxtil. A candidata prometeu lutar ao lado destes trabalhadores para que os mesmos tenham horários regulados, que as horas extraordinárias sejam pagas como exige a lei e que os salários sejam pagos a tempo e horas.

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