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Já começou a “aula ao ar livre” de Bracara Augusta
Arrancou esta manhã mais uma edição da Braga Romana. A cidade dos Arcebispos regressa ao tempo bracara augustano.
A autarquia convida bracarenses e visitantes a reviver bracara augusta através de espectáculos, cortejos, animação de rua, um mercado, um acampamento militar, uma área pedagógica e zonas de alimentação.
Para além do turismo, lazer e diversão, a autarquia realça a parte pedagógica. O presidente da autarquia bracarense, Ricardo Rio, destaca precisamente o facto desta ser “uma verdadeira aula ar livre da história de Braga”. Anualmente o certame atrai milhares de pessoas ao centro histórico. Uma época importante para os bracarenses, mas também para os comerciantes que se envolvem neste momento de recriação histórica.
Numa semana em que muitos turistas se encontram na cidade, a organização preparou uma série de visitas guiadas pelas zonas mais importantes onde podem ser apreciados os vestígios romanos. E para que os visitantes não percam a oportunidade de conhecer e perceber o que é a Braga Romana, na tenda pedagógica e na tenda da organização encontram-se “pessoas qualificadas para prestar todas as informações, sobretudo daquilo que serão as visitas guiadas, com panfletos próprios”. Muitas das visitas guiadas serão encenadas e “para além do legado arqueológico que existe, haverá também o atractivo de uma dramatização”, explicou a vereadora da Cultura, Lídia Dias.
O arranque da Braga Romana deu-se precisamente com um pequeno cortejo do exército romano que contou com a participação da própria responsável do pelouro da Cultura que, vestida a rigor, passeou com uma coruja pelas ruas de Bracara Augusta.
Habitualmente o primeiro dia da Braga Romana conta com a presença de cerca de oito mil crianças que desfilam pela cidade, mas este ano tendo em conta as previsões meteorológicas, a autarquia optou por adiar o momento para a próxima segunda-feira. Aliás, outros pontos previstos no programa podem sofrer pequenas alterações, mas apenas da localização, caso a chuva persista por estes dias. A autarquia vai utilizar sobretudo as redes sociais para informar os bracarenses dessas possíveis alterações.
Em declarações aos jornalistas, Lídia Dias destacou as novidades em relação às restantes edições, entre elas a Praça do Município que este ano conta um reforço “de aves de presa, cavalos e cães”. Conta ainda com duas tendas, “uma referente ao Deus da Guerra e outra à Deusa do Amor”. Nestes espaços, em determinados momentos, decorrerão criações do quotidiano bracara augustano.
A vertente pedagógica e educativa “é um dos principais objectivos desta recriação histórica”, sublinhou a vereadora da Cultura referindo que a tenda de artes e ofícios “terá mais oficinas”. Já na Escola EB1 S. João de Souto foi feito “um investimento muito grande em termos de materiais onde decorreão oficinas de aritmética, de escrita, de construção de musaicos, tudo com materiais da época romana”, especificou.
Por sua vez, o presidente do município, Ricardo Rio, lembrou que esta “aula ao ar livre de história acontece graças ao envolvimento de milhares de bracarenses que participam em cada uma das manifestações como protagonistas”.
No vasto património romano que Braga possui é possível apreciar o núcleo museológico das Termas Romanas, o Teatro, a Fonte do Ídolo, a Domus da Sé e o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa.
A recriação história espalha-se pelo Largo de S. João do Souto, o Largo do Paço, a Praça Municipal, as Termas Romanas da Cividade. Os Artesãos e Mercadores encontram-se em várias ruas do centro histórico. Já as áreas de alimentação estão repartidas pelo Largo das Carvalheiras, o Largo de S. Paulo, e Largo de S. Tiago.