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PSD acusa Governo de quebrar confiança no sistema financeiro
O PSD quer respostas quanto à recapitalização da CGD e quer que cheguem o mais depressa possível. Esta manhã, na sede distrital de Braga do PSD, Hugo Soares falou aos jornalistas e garantiu que depois das três primeiras audições feitas no âmbito da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) ficou demonstrado que o banco do Estado é de “confiança”.
Hugo Soares criticou, ainda, a posição do Governo que, nos últimos meses, e de acordo com o deputado, permitiu que a imagem da CGD e do próprio sistema financeiro português fossem postos em causa na comunicação social à conta dos “valores astronómicos” que iam sendo revelados. Hugo Soares disse que o Governo não pode permitir que esta situação se arraste e que o ministro das Finanças tem de dizer quanto é que vai ser preciso investir na CGD.
Na última sexta-feira, o ministro das Finanças, Mário Centeno, não revelou qual vai ser o plano de recapitalização para a CGD e acrescentou que o governo não vai alimentar “ruídos ou incertezas”. Hugo Soares disse que foi mesmo o Governo que permitiu que, nos últimos meses, “se desbaratasse por completo o valor da confiança na CGD” à conta dos números que iam sendo revelados sobre o processo de recapitalização.
A actual direcção fala num valor aproximado de 2 mil milhões de euros para este processo mas os números que têm vindo a público apontam para uma necessidade de investimento até cerca de 5 mil milhões de euros. Hugo Soares diz que Mário Centeno não sabe as reais necessidades da CGD e espera que não seja investido mais do que é preciso por força de “ambições irresponsáveis” ou por “capricho”. “Dá às vezes a sensação de que o Governo, em especial o primeiro-ministro e o ministro das Finanças querem alimentar uma certa suspeição constante sobre o sistema financeiro e isso prejudica o sistema financeiro, prejudica a confiança na economia e não conseguimos perceber porquê”, acrescentou.
Este fim-de-semana, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, disse que espera que o valor da recapitalização da CGD não entre nas contas do défice deste ano. Hugo Soares partilha da mesma opinião mas lembrou que quanto maior seja o valor para este processo maior vai ser a dívida que vai ter de ser suportada peloos contribuintes. “Se o Governo por algum capricho do acionista que é o Governo, representado pelo ministro das Finanças, quiser somar a este 2 mil milhões um valor astronómico, então estamos a falar de uma ambição que é irresponsável e de uma ambição que será paga em dívida e com os impostos dos portugueses”, afirmou.