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Casa da Juventude de Guimarães quer Orçamento Jovem
A Casa da Juventude de Guimarães quer que o município crie um Orçamento Municipal Jovem. A reivindicação é feita por Alexandre Simões, da direcção da entidade, que garante que esta seria uma forma de os jovens vimaranenses verem os seus projectos concretizados. “Um Orçamento Municipal Jovem, sendo participativo ou não, mas onde realmente os jovens possam ver quais são, efectivamente, os seus projectos e serem também mais objectivos”, explicou.
O director da Casa da Juventude afirmou à RUM que as associações juvenis em Guimarães têm fortes condicionantes. “Têm um grande problema: para fazermos candidaturas temos que candidatar-nos ou ao cultural ou à acção social. Ora, muitas das vezes as nossas associações não são nem por si culturais ou sociais. Estarmos a fazer «competições» com associações culturais que têm mais de 70 anos, parece-me injusto para elas e para nós. Estarmos a fazer concorrência a Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que fazem um trabalho extremamente digno, também me parece injusto para eles e para nós”.
Alexandre Simões defende que os vereadores municipais deveriam começar a olhar para a juventude como um investimento “com muito retorno assegurado”. “É preciso quebrar esse gelo e fazer chegar aos jovens as ferramentas que eles precisam para trabalhar. É verdade que, até hoje, ainda não foi absolutamente necessário que essas ferramentas existissem para que os jovens pudessem efectivizar e maximizar o seu trabalho. Mas, tendo em conta a situação da crise actual, em que os jovens foram os mais afectados, as ferramentas têm que ser alteradas. Hoje em dia torna-se ainda mais necessário um Orçamento Jovem que pudesse espelhar a realidade dos jovens”, afirmou.
Recentemente, o município de Guimarães criou o Orçamento Participativo Escolar. Uma medida que “não chega”, explica o director da Casa da Juventude. “E os jovens desempregados? E os jovens que acabam o ensino até bem antes do que era suposto? Todos os jovens que querem dinamizar um conjunto de projectos, às vezes ligados à área empresarial, não têm qualquer hipótese. Neste momento não há, nem sequer a nível nacional, investimentos ou apoios concretos para um jovem que queira criar o seu emprego. Temos que ir ao Centro de Emprego e analisar o apoio em duas vertentes: ou empréstimos bancários – que “enterram” ainda mais o jovens – ou o benefício das suas prestações sociais. Da mesma maneira que há apoio para as associações, por que não haver apoios para jovens empreendedores? É obvio que Orçamento Participativo para Escolas já é alguma coisa. Mas não chega. Não afecta nem 10 por cento dos jovens que queremos afectar”.