Copyright © – RUM
Todos os direitos reservados.
Designed and developed by Gen Design Studio
Praxe: BE propõe linha de apoio para vítimas de violência
O Bloco de Esquerda quer criar uma linha de apoio para denunciar actos de violência na praxe. Depois de na anterior legislatura ver chumbado, pela maioria de direita, um projecto de resolução sobre a praxe nas instituições de Ensino Superior, esta quarta-feira o partido volta à carga com nova proposta que acredita que será viabilizada pelo actual Governo.
O deputado Luis Monteiro é o responsável pelo projecto de resolução. Em declarações à RUM realçou que “um dos grandes problemas relacionado com a praxe é que não existe nenhum espaço, nenhuma linha de apoio onde os estudantes procurem apoio e possam denunciar violência na praxe”. Outra medida proposta passa pela criação de gabinetes técnicos de apoio às vítimas da praxe em espaços como reitorias, faculdades ou nos serviços de acção social. De acordo com o deputado, este seria um espaço de “conforto psicológico” para vítimas da praxe.
O Bloco de Esquerda exige também uma posição mais firme do lado das instituições de ensino superior. Para este deputado, as próprias direcções das instituições devem “tomar uma posição firme em relação aos conselhos de praxe”. O bloquista referiu que apesar de não existir, nestes grupos, uma imagem jurídica, nas faculdades continua-se a “legitimar” estas “organizações”.
Luis Monteiro explicou à RUM que estas propostas “não têm nenhum objectivo de proibir o que quer que seja, têm um objectivo de pressionar e criar mecanismos de apoio de quem é vítima, denunciando os casos de violência na praxe de uma forma realmente mais efectiva”. Para o partido, hoje em dia este tipo de situações “cai no vazio” porque “há um sistema paralelo onde a lei não consegue entrar”. Com estas propostas aprovadas seria possível “criar mecanismos para que toda a gente responda perante a lei, principalmente em casos em que a violência é extrema, é conhecida e reconhecida”.
Recorde-se que no interior dos campi da Universidade do Minho é expressamete proibido praxar e foi até disponibilizado pela reitoria uma espécie de código de conduta no interior da academia.
O deputado bloquista está convicto que a proposta será aprovada no Parlamento. “Temos uma esperança muito grande que ela seja aprovada. Na anterior legislatura, Os Verdes, o PCP e o Partido Socialista votaram a favor e portanto parece que há todas as condições necessárias para que ela seja aprovada”, concluiu.