Edifícios degradados em Guimarães vão pagar mais 30% de IMI

Os proprietários de edifícios degradados terão um aumento de 30% na taxa do IMI, em Guimarães. A medida será aplicada em 2017. A majoração da taxa colide com a pretensão de Guimarães de isentar os moradores do Centro Histórico do pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis. A crítica foi apontada pelo vereador da Coligação Juntos por Guimarães, André Coelho Lima.

Em reunião de Câmara, o vereador social democrata diz não compreender como a autarquia conseguirá conciliar as duas medidas. André Coelho Lima diz que o Centro Histórico “é onde mais interessa ter os edifícos em condições”,  não apenas por questões de segurança, mas também pela qualificação da UNESCO. “Como compreender que um vimaranense que tenha um edifício degradado fora do Centro Histórico paga mais 30% de IMI, e quem tem dentro poderá estar isento?”, questionou o vereador.

André Coelho Lima acusa a Câmara de ser insensível e de tratar os vimaranenses de formas diferentes. “É desorientação propôr uma medida que tem um impacto contraditório”, constatou.

O autarca vimaranense – em conjunto com os homólogos de Évora e Porto – vai reunir com o Ministro das Finanças na proxima segunda-feira. Os edificios degradados serão um dos assuntos a abordar. “Tenho que trabalhar com Ministro das Finanças para encontrar uma solução. A questão dos edifícios degradados dentro do Centro Histórico é um assunto sensível. Eu levo uma proposta ao Ministro das Finanças e só falarei da mesma depois da reunião”, disse.

Domingos Bragança explica que o objectivo do aumento da taxa é chamar à atenção dos proprietários para a degradação dos edifícios. “Entendo um edifício degradado com um local que está abandonado e não tem moradores”, explicou. “Queremos pressionar o proprietário para  encontrar soluções para a degradação do edifício”, disse.

Em 2017, o IMI vai baixar em Guimarães. Ainda assim, para os proprietários de edificios degradados, a taxa terá um aumento de 30%.