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Fábrica de Reciclagem em Guimarães dependente do Governo
A instalação da Ecoibéria em Guimarães está dependente da decisão do Ministério da Economia e do Ministério do Ambiente. O presidente do Município vimaranense afirma que tomou conta do processo mas assume que a aprovação do licenciamento irá depender da decisão do Governo.
Recorde-se que se trata da possível construção de uma fábrica de reciclagem numa zona de reserva ecológica, em Penselo. Uma possibilidade que tem vindo a ser muito criticada pelos moradores da freguesia e pela oposição camarária.
“Tenho o processo em mãos, mas isso não significa que não esteja a ser também acompanhado pelo vereador do urbanismo. Já ouvi os moradores e esta semana vou reunir com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN). Depois verei que outros passos terei que dar, no sentido de tomar a melhor decisão. Se o Ministério da Economia aprovar, será lá instalada e o edifício será lá construído”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG).
Caso a fábrica de reciclagem não seja instalada na zona de reserva ecológica, que já sofreu algumas modificações, terá que ser cumprido o atual Plano Director Municipal (PDM), de acordo com Domingos Bragança. “Não sendo edificado lá nada, não sendo licenciado o edifício industrial, apenas no caso de o Ministério da Economia e do Ministério do Ambiente não autorizarem a instalação da indústria nessa zona, terá que ser cumprido o actual PDM, o que significa que essa área será de reserva ecológica”, lembrou o autarca.
Do lado da oposição da CMG, o centrista António Monteiro de Castro, afirmou que, do ponto de vista urbanístico, se trata de uma situação “chocante”. “O facto é que, do ponto de vista ambiental, a agressão física à área é manifesta. Não é preciso ser urbanista, nem arquitecto, nem engenheiro para perceber isso. Ao chegar lá somos confrontados com uma situação chocante. Havia uma elevação, um monte, cuja parte superior foi cortada e atirada à terra sobre a estrada, fazendo um muro de contenção. Quem lá passa parece estar a passar em frente a uma barragem, que em vez de ser de água, é de terra”, comparou o vereador.
O vereador da coligação Juntos por Guimarães lembrou ainda que o actual PDM encaminha este tipo de instalações para outras áreas. “Deveria ter havido um encaminhamento para outro local. Sabe-se que existem outras actividades como calçado ou têxtil, de outras empresas, que estão instaladas em Penselo. Todos nós sabemos que uma fábrica nunca é um vizinho muito simpático. Por um lado oferece empregos, mas tem vários inconvenientes. Uma actividade com riscos acrescidos como a Ecoibéria, o PDM empurrava para zonas não urbanizáveis”.
A instalação da Ecoiberia, uma empresa de reciclagem, numa zona de reserva ecológica, em Guimarães esteve em discussão na reunião de Câmara desta quinta-feira, dia 15 de Outubro.