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Casa da Memória é hoje inaugurada mas as críticas continuam
Guimarães inaugura na tarde desta segunda-feira, às 17h, a Casa da Memória.
Um projecto marcado por sucessivos adiamentos e por muitas críticas por parte dos partidos que constituem a oposição.
O assunto foi lembrado na Assembleia Municipal do passado Sábado. Depois de três directores e de sucessivos adiamentos à sua inauguração, a actuação do executivo liderado por Domingos Bragança não mereceu nota positiva dos partidos da oposição. Aliás, há quem tenha até optado por sugerir uma alteração ao nome do projecto, como fez João Salgado, deputado do PSD, que aludiu aquilo que chama “a Casa do Alzheimer”, justificando que “já ninguém se lembra para que é que aquilo serve”. O deputado social-democrata disse ainda que “desde o processo da aquisição até à contratação de serviços” este episódio “entrou já para o anedotário local”, lembrando que “quatro anos após 2012, cinco datas de abertura anunciadas e três directores em regime efémero depois, parece que é desta que a Casa da Memória vai ser inaugurada”. Ainda assim, João Salgado deixou uma pergunta no ar: “Quanto dinheiro a mais foi gasto na Casa da Memória?”
Uma pergunta que obteve resposta pronta de José Bastos, vereador da Cultura na cidade que referiu que a câmara “gastou menos do que o que estava previsto ser gasto” com a anterior solução.
Também Luís Cirilo abordou o tema. O deputado do PSD optou até por fazer um trocadilho com o nome e o percurso oscilante até à sua abertura. “Este caso da Casa da Memória… Não há memória de um caso assim”, ironizou. O deputado sublinhou ainda que este “é um processo envolto numa pequena/média/grande trapalhada”.
PS afirmou que todos vão ficar surpreendidos pelo novo espaço
Do lado socialista, Miguel Laranjeiro pediu calma à oposição. O Partido Socialista reconheceu os atrasos, considerando, ainda assim, que a espera “vale a pena” e que todos vão valorizar e ficar surpreendidos com a Casa da Memória. “Houve alguns obstáculos que atrasaram o processo? Sim, e daí? O mais importante é o resultado final e esse é do melhor que Guimarães já viu. Se calhar daqui a uns meses, semanas, ou mesmo na segunda-feira, todos vão elogiar aquele equipamento”, garantiu o deputado socialista vimaranense.
Laranjeiro acredita no sucesso desta Casa da Memória referindo-se a este como “mais um equipamento na rede cultural, porque, mais do que um Museu, pretende ser um espaço de reflexão sobre a memória, mas de construção de novas memórias”. Laranjeiro olhou para a Casa da Memória como um “espaço vivo”, que não pretende ser “concorrencial, mas sim complementar a outros espaços existentes na cidade”.
Sobre os vários directores executivos, o vereador da cultura, José Bastos defendeu-se com a lei no que consta aos contratos programa. “A solução encontrada ajustava-se à possibilidade legal da gestão da Casa da Memória”, lembrou José Bastos que criticou a postura dos vereadores da coligação na assembleia. Uma postura que o socialista disse que foi diferente da declaração feita pelos mesmos partidos aquando do debate em sede de reunião de câmara e citou: “Os deputados da coligação “Juntos por Guimarães” não têm nada a opor à proposta, considerando normal, natural e racional que (…) “A Oficina” fosse responsável pela gestão da Casa da Memória”.
A troca de palavras sobre a Casa da Memória a marcar mais uma sessão da Assembleia Municipal vimaranense.
O espaço é inaugurado esta segunda-feira, em pleno feriado do 25 de Abril, a partir das 17h.
Um processo que termina e um novo que começa, depois de sucessivos adiamentos.
* com Elsa Moura