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9 anos de Livros com RUM
Passaram nove anos desde o primeiro programa radiofónico “Livros com RUM” e o balanço do autor, António Ferreira, não podia ser mais positivo. Pelo programa semanal da RUM já passaram mais de 400 autores e António Ferreira confessa, sem qualquer receio: “em Portugal ninguém faz melhor do que nós”.
“Conheço bem o meio e somos tratados como os outros, não há aqui divulgadores de primeira e de segunda. Somos convidados para tudo e somos tratados como todos os outros críticos”, admitiu o autor do programa, em declarações à RUM.
Para António Ferreira a ideia sempre foi “fazer um programa de livros com autores, com ensaístas, romancistas e poetas, falar de livros e provar que fora de Lisboa, fora dos grandes grupos da comunicação social, numa rádio como esta é possível fazer um programa tão bom como os outros”.
Um programa que quer continuar a desafiar qualquer outro que exista com a mesma finalidade.
Para além disso, António Ferreira destaca também o feedback dos autores e dos próprios ouvintes do Livros com RUM que vão enviando e-mails a tecer considerações positivas sobre o trabalho realizado.
Um programa que “nunca falhou em nove anos de existência”, e que até já deu origem a uma tese de douturamento, aponta o colaborador da RUM que não deixa de realçar o trabalho técnico realizado por Sérgio Xavier, “um esteio fundamental” de todo o projecto.
Depois de tantos programas, Élmer Mendoza, Valeria Luiselli e Rosa Montero são os escritores estrangeiros que António mais gostou de entrevistar. Ricardo Adolfo é o eleito entre o vasto leque de escritores portugueses que passaram pelo Livros com RUM. Dos que gostaria de entrevistar, mas não conseguiu, António Ferreira lamenta não ter conseguido trazer ao programa a escritora Agustina Bessa Luís, agora com 93 anos de idade, mas doente há mais de uma década.
“Em Portugal não se lê” – António Ferreira
António Ferreira sublinha que “a leitura é fundamental” e lamenta que os portugueses não tenham por hábito ler. “Em Portugal a pergunta é um bocadinho do género: «tu lês?», mas não existe aquela pergunta «o que é que andas a ler?».
Mas as críticas não ficam por aqui. António Ferreira admite que “hoje em dia não há livrarias em Portugal”. “A Lello, muito badalada é um sítio onde as pessoas vão para tirar selfies e paga-se. O resto, as livrarias independentes são uma grande treta, ou estão num edifício muito bonito e as pessoas vão lá e até compram um livro. As pessoas que estão lá dentro não percebem nada daquilo, porque com livros vende-se chá, pirolitos, gasosa, até se vende umas cervejas e artesanato, mas isso não é uma livraria porque uma livraria tem que ter um livreiro”.
Este sábado, João Luis Barreto Guimarães é o convidado para uma conversa com António Ferreira na galeria Emergentes dst com início marcado para as 17H00. A entrada é livre.
António Ferreira é também autor do programa diário “Leitura em Dia”, um trabalho que conta também com a colaboração de Sérgio Xavier.