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Investigadores da UM voltam a pedir mais financiamento
Os investigadores da Universidade do Minho continuam a queixar-se da falta de financiamento. Esta quinta-feira, os professores e investigadores da academia minhota reuniram com o reitor, no âmbito do fórum UMinho.
Entre várias preocupações surgiram a falta de financiamento e de flexibilidade na gestão das verbas atribuídas às unidades de investigação.
Após a primeira reunião, que decorreu no Campus de Azurém, António Cunha explicou que há dois pacotes de verbas do Estado que estão “em atraso”, o que causa “pressão” sobre a tesouraria da Universidade do Minho.
O primeiro atraso é referente a uma verba de cerca de cinco milhões de euros, “que corresponde a verbas de projectos nacionais, do anterior QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional – , que deveriam ter sido recebidas até ao final de 2015″, explicou o reitor, admitindo que a falta de verbas causa “uma pressão financeira sobre a Universidade”, já porque se poderia “adiantar dinheiro para novos projectos“, o que não é possível sem esses apoios. Ainda assim, o reitor está expectante, devido a recentes declarações do primeiro-ministro, que a Universidade irá receber o montante até ao final deste mês de Junho.
Mas há outra verba em atraso, cujo valor ronda os três milhões de euros, que corresponde aos aumentos salariais da administração pública. “A Universidade começou a pagar esses salários em Janeiro e, nas dotações que recebemos mensalmente do Orçamento de Estado, essa verba ainda não está prevista. O valor ainda não foi fixado, ainda que as universidades já tenham enviado a sua estimativa desse valor ao Governo”, explicou. Mais um atraso que, seis meses depois,”é mais uma pressão para a tesouraria da Universidade do Minho”, lamentou António Cunha.
O reitor da academia minhota admitiu ainda que “se houvesse financiamentos mais adequados, certamente que grande parte dos problemas referidos pelos investigadores poderiam ser minimizados”. Ainda assim, deixou o aviso: “a gestão rigorosa de projectos e de procedimentos orçamentais deve acontecer, quer exista verbas maiores ou menores”, já que se tratam de dinheiros públicos, “que devem ser geridos de uma forma transparente”.
O reitor admitiu, no entanto, que algumas preocupações dos investigadores poderão ser resolvidas, também, através da gestão interna da Universidade. As reinvindicações, em alguns casos, “resultam de constrangimentos legais, noutros resulta de algumas burocracias existentes na administração pública portuguesa”. Ainda assim António Cunha admite que outras queixas se devem a “processos internos que ainda podem melhorar, seja nível da estrutura central da Universidade ou das unidades orgânicas”.
Os professores e investigadores da Universidade do Minho reuniram esta quinta-feira, com o reitor, em duas sessões, no campus de Azurém, em Guimarães, e no do campus de Gualtar, em Braga. A gestão financeira de projectos foi o tema em destaque.