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Arte e indústria têxtil cruzam-se em Guimarães até Outubro

Até ao dia 16 de Outuburo, a arte e a indústria têxtil cruzam caminhos em Guimarães. A bienal de arte têxtil contemporânea está de regresso para a terceira edição. Promovendo uma relação intrínseca com o território, a Contextile invadiu sete espaços culturais em Guimarães, convidou artistas para residências artísticas e colocou uma escultura no Largo do Toural.


Este ano promove-se uma relação intrínseca com um território onde o têxtil é uma das principais actividades económicas. “Pretendemos que a programação se insira cada vez mais no território do Vale do Ave, partindo da cidade de Guimarães”, sintetizou à RUM Joaquim Pinheiro, director da Bienal. Para o responsável, “faz todo o sentido estar inserida cada vez mais com a indústria e com o património, nomeadamente com o Bordado de Guimarães”.


Nesta edição a organização conseguiu fazer regressar as residências artísticas, que começaram em 2012, no primeiro ano da Bienal, mas que em 2014 não se realizaram devido ao baixo orçamento. Este ano, quiseram “desafiar artistas a desenvolver um trabalho junto das fábricas e do património”, diz o director da Contextile. Para isso estiveram três artistas em residência. Elena Brebenel, da Roménia e Inguna Levsa, da Letónia, trabalharam junto de duas empresas locais de têxteis para o lar. Sandra Heffman, da Nova Zelândia, trabalhou com as bordadeiras de Guimarães. Resultados podem ser vistos na Casa da Memória.


A proximidade à comunidade e ao património local é também uma prioridade e é promovida através da intervenção pública feita no Toural. Trata-se de uma parceria entre a Universidade do Minho, o Centro de Design de Copenhaga e uma empresa têxtil de Guimarães. Para Joaquim Pinheiro, esta “conjuga arte, evolução tecnológica e design”. “A Bienal só pode ter futuro e afirmação se conviver e interagir com os vimaranenses”, assegura, deixando a nota de que “até Outubro poderá haver mais intervenções públicas surpresa”.


A Bienal ocupa sete espaços culturais da cidade com exposições. Ainda assim, o destaque vai para as mostras patentes no Palácio Vila Flor e no Palacete de S. Tiago, para Joaquim Pinheiro. A primeira é de carácter competitivo e “teve um aumento de mais de 100% de artistas a concurso, num total de 544″. A exposição integra 54 obras de 51 artistas, seleccionadas por um júri. A segunda é “um espólio das bienais de Lausanne, com obras de tapeçaria ligadas à arte contemporânea de grande escala”, revelou o responsável.


Ainda assim, ao todo a bienal de arte têxtil contemporânea conta com exposições também no Instituto de Design, na Sociedade Martins Sarmento, na Casa da Memória, no Centro para os Assuntos da Arte e da Arquitectura e na Plataforma das Artes.

Bienal de 2018 poderá versar sobre a sustentabilidade

Com a bienal ainda a decorrer, a organização já pensa na próxima, em 2018. Uma edição que se prevê ligada às questões da sustentabilidade. “Estamos sensibilizados para o tema há muito tempo”, justifica o Joaquim Pinheiro. A 23 e 24 de Setembro, na conferência internacional “What Place is This”, dará o mote para a discussão do tema.  “Vamos colocar em debate as questões do território, ligando à criação da arte têxtil contemporânea”, revelou.

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