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Aposta na valorização do conhecimento firmada em Guimarães
Com o investimento no ensino, na ciência e na inovação como pano de fundo, Governo e instituições de ensino superior assinaram em Guimarães um “compromisso para a legislatura” que prevê dar mais estabilidade ao financiamento público das universidades e ao aprofundamento da autonomia das mesmas. A reforma do sistema de ensino superior é vista como chave para o Governo português num tempo em que não se podem cometer os “erros do passado” e onde Portugal não se pode voltar a “enganar” e escolher o “caminho” do desinvestimento no ensino e na ciência, sublinhou o primeiro-ministro, António Costa, que presidiu à cerimónia.
Quem também sublinhou esse caminho foi António Cunha, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas que destacou a maior autonomia dada às instituições de ensino superior, lembrando a “visão e estratégia” demonstrada pelo Governo, apesar de não existir um efectivo reforço de verbas para as instituições de ensino superior.
A pedir “redistribuição de verbas” estiveram os politécnicos do Porto, Lisboa e Coimbra que ficaram fora deste quadro global estratégico. Em declarações à margem da assinatura daquele contrato, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, desvalorizou a falta de acordo com estes politécnicos que, segundo o governante, queriam uma “nova redistribuição” de verbas, ” tirando verbas a uns para dar a eles” próprios.
Já António Costa elogiou as linhas do acordo assinado e que foi negociado pelo ministro Manuel Heitor: “Queremos criar condições para que Portugal esteja na Europa e temos aqui um leque muito alargado de instituições que vieram afirmar o desejo colectivo de fazer de Portugal um país melhor, expondo o esforço colectivo face a interesses individuais. Houve três dirigentes que optaram pelos seus interesses individuais”, disse Manuel Heitor.
Co-responsabilização, reforço da internacionalização, redução do insucesso escolar, alargamento da base social de recrutamento de estudantes e estímulo ao emprego científico são pedras basilares neste documento que juntou quase todas as universidades e politécnicos, numa visão comum do conhecimento em Portugal.
O contrato prevê um programa de estímulo ao emprego científico em Portugal, incluindo a contratação de pelo menos dois mil docentes e investigadores até 2019 pelas instituições de ensino superior públicas, “de modo a contribuir efectivamente para o rejuvenescimento dos seus corpos docente e de investigação”.
A cerimónia, que aconteceu no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães – o “berço da nação” -, significou, simbolicamente, o recomeçar da aposta na política do conhecimento que deve prevalecer em Portugal nos próximos anos.