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Governo prepara combate à praxe, uma “praga social”
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior promete combater e incentivar as universidades politécnicas a entrar na batalha pela eliminação das praxes. Manuel Heitor vai enviar uma carta a todos os responsáveis de universidades e politécnicos do país. A informação foi deixada esta sexta-feira na Universidade do Minho, na abertura do sétimo seminário do ciclo Lei de Bases do Sistema Educativo – “Organização e Desenvolvimento do Ensino Superior”.
Manifestando um “repúdio total” por aquela que considera “uma das maiores pragas a combater em termos sociais”, as praxes académicas. O governante assume estar ao lado da declaração assinada por cem personalidades que defendem o combate às praxes académicas. Manuel Heitor considera que este processo “complexo tem que ser percebido e combatido diariamente”.
O Ministério quer “desenhar novas medidas”, mas por enquanto continua a aguardar um estudo solicitado a um grupo de sociólogos, explicou ainda o ministro.
O processo de denúncias está entregue à Direcção Geral de Ensino Superior que tem a competência de seguir e monitorizar os processos.
O presidente do CRUP, António Cunha está ao lado do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Defende “acções educativas e de motivação” para levar os estudantes a terem comportamentos “mais adequados” dentro do espaço universitário.
Reiterando que as universidades “são espaços de liberdade”, António Cunha sublinha que “ninguém pode ser obrigado a fazer o que não quer fazer”, e por isso as universidades “terão que reagir quer a comportamentos e práticas que perturbem as demais actividades que decorrem nos espaços universitários, quer que sejam atentatórias da dignidade humana”.
Na Universidade do Minho, o reitor António Cunha assegura um trabalho de continuidade na garantia de que “nenhum estudante seja coagido a fazer o que não quer fazer”.
Quanto ao que se pode passar no exterior dos campi, António Cunha lembra que “os estudantes estão sujeitos à lei do Estado”. Ainda assim, o trabalho das universidades é, defende o reitor da UMinho, mostrar aos estudantes que “não faz sentido algumas coisas que fazem”.
Ainda assim, o reitor da academia minhota reconheceu que o fenómeno da praxe tem vindo a diminuir nos últimos anos.