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PM revelou “amadorismo” e Costa “não foi credível”
Um debate “soft” onde Pedro Passos Coelho, actual Primeiro Ministro e líder da coligação Portugal à Frente revelou “um certo amadorismo” e António Costa, secretário-geral do PS “não foi suficientemente credível”.
É esta a análise de José Palmeira ao confronto de ontem à noite entre o actual Primeiro Ministro e o secretário geral do PS.
Em declarações à RUM, o docente da Universidade do Minho, defende, contudo, que o debate correu melhor a António Costa. “Se fizermos uma análise tradicional sobre quem terá ganho mais pontos no debate, António Costa saiu-se bem melhor”. Antes do confronto, José Palmeira considerava que o debate poderia resultar num empate “atendendo às características dos contendores, ambos com experiência política, e ao profissionalismo da assessoria”, e por isso “não estava à espera de surpresas”. No entanto, Palmeira diz que o debate “decorreu de uma forma o tanto ao quanto soft e não foi um grande debate”.
Para o docente da Uminho, Passos Coelho “revelou um certo amadurismo, o que não deixa de ser surpreendente, e, em função disso, António Costa soube tirar partido da sua estratégia, uma estratégia mais confrontacional da acção governativa. Passos Coelho esteve sempre muito na defensiva e quando foi um pouco mais agressivo (no bom sentido), fê-lo relativamente ou ao programa apresentado pelo PS ou ainda ao período de governação de José Sócrates”.
O comentador de política nacional da RUM diz, por isso, que “o eleitorado que ainda está indeciso ou o eleitorado à esquerda do PS que pode mudar o seu voto para garantir que o PS ganha as eleições, precisa de incentivos”. Algo que acabou por não acontecer, até porque quase sempre se falou no passado. “Tem que haver uma mensagem que seja suficientemente credível que leve essas pessoas a votar, e nesse aspecto era António Costa quem mais tinha que arriscar, mas não foi eficaz”, disse o comentador.