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Corais revela vontade de “assumir liderança do PS” em Braga
Depois de Rui Dória e Artur Feio terem assumido a sua candidatura à concelhia socialista, agora é a vez de Miguel Corais se disponibilizar para “liderar o PS”. O socialista, que conseguiu a eleição para a Comissão Nacional do PS no último Congresso, mostrou hoje “total disponibilidade” para assumir os destinos concelhios do partido.
Em entrevista à RUM, frisou que “em qualquer processo de candidatura é necessário haver vontade do próprio e vontade de uma base alargada do partido que entenda que essa pessoa é a melhor pessoa para poder levar o PS para um verdadeiro rumo”, explicou Miguel Corais.
O ex-administrador do Parque de Exposições de Braga disse ainda que “toda a gente fala que o PS precisa de se regenerar, de mudar”, mas acusou a existência de “um conjunto de práticas que aconteceram no passado, mas que se estão a verificar no actual quadro de candidatura interna” que, a seu ver, beliscam a democracia dentro do PS.
O socialista teceu, por isso, uma vez mais, duras críticas à forma como funciona o processo eleitoral interno, lembrando que “há uma blindagem para o aparecimento de outras candidaturas que chegam de fora dos procedimentos e modus operandi que estas candidaturas internas” agregam.
Miguel Corais dá mesmo o seu exemplo, sublinhando que para ser candidato precisa de ter “23% do universo eleitoral das últimas eleições para delegados”. “O PS tinha 386 militantes com quotas pagas e eu, agora, preciso de ter 90 pessoas – 60 efectivos mais 30 suplentes”, explicou.
Questões burocráticas à parte, Miguel Corais pediu, à semelhança dos outros candidatos, um consenso alargado no seio da “família socialista”. Ainda assim, contradiz as palavras de Rui Dória: “É falso que a candidatura do Rui Dória (uma pessoa que respeito muito e que tenho como amigo) tenha procurado o consenso e unidade. Apresentou-se com várias reuniões no partido, mas escolheu quem queria ter nessas reuniões. Eu nunca fui convocado para estar presente nessas reuniões para procurar esse tal consenso”, avançou Miguel Corais que sublinhou que tem “vontade de unidade, mas com uma verdadeira identidade”.
Sobre um eventual apoio a outra candidatura, Corais deixa no ar a decisão: “Estou disponível para a melhor resposta, mas outros cenários, a seu tempo, irei avaliar”. O socialista considerou igualmente que, “infelizmente”, o partido, nos últimos anos, “foi alimentado por muitos boatos e muitas mentiras”. “Uma das mentiras é que eu estava a fugir. Mas eu terei sempre a mesma disponibilidade para servir, acima de tudo, a democracia, servir Braga e os valores socialistas”, reiterou.
Miguel Corais prometeu, até dia 1 de Julho – data limite de entrega das candidaturas – uma decisão sobre se avança ou não com uma candidatura à concelhia do PS em Braga.
Recorde-se que as eleições acontecem a 9 de Julho e Rui Dória e Artur Feio são, para já, os dois nomes confirmados.