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BRAVAL inaugurou unidade de tratamento pioneira a Norte
A nova valência da BRAVAL permitirá tratar, por ano, 100 mil toneladas de resíduos indiferenciados recolhidos nos seis concelhos abrangentes (Braga, Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso e Terras de Bouro).
Esta sexta-feira, o novo Ministro do Ambiente visitou pela primeira vez o Ecoparque e inaugurou a unidade que é pioneira no Norte do país. O equipamento está desde o início de 2016 em fase de testes e a curto prazo estará a funcionar em pleno.
A apresentação da nova unidade contou com a presença dos autarcas dos seis municípios cuja recolha de resíduos pertence à BRAVAL, para além de representantes de diferentes instituições, associações e empresas destes concelhos minhotos.
Jorge Silva, presidente do conselho administrativo da BRAVAL enumerou entre os principais objectivos “reduzir a quantidade de resíduos urbanos biodegradáveis encaminhados para aterro, aumentar a quantidade de resíduos preparada para reutilização e reciclagem, e valorizar os restantes resíduos que não possam ser reciclados mas que possam ter uma valorização, evitando assim que o seu destino seja o aterro sanitário”.
O investimento da BRAVAL no novo equipamento é de aproximadamente 22 milhões de euros, valor que acarreta outras exigências. Jorge Silva considera que o grande desafio da Braval será “tornar a estrutura economicamente viável”, uma vez que, salientou, “os gastos operacionais são muito elevados e os rendimentos reduzidos e de obtenção nem sempre garantidos”, sobretudo nos denominados “valores de informação”.
O responsável aproveitou o momento para deixar vários apelos ao Ministro do Ambiente, nomeadamente, obter da Sociedade Ponto Verde uma “clarificação” e “regulamentação” para os produtos recicláveis tendo em conta que “os rendimentos obtidos com a venda de energia e através da venda de produtos com potencial de valorização não são suficientes para a sustentabilidade destes investimentos”.
A renovação da concessão da exploração por mais 25 anos foi outro dos pedidos deixado ao Ministro do Ambiente. “Quando foi projectado e candidatado a Fundos Comunitários, utilizámos como pressuposto de que seria amortizado durante trinta anos pelo que é muito urgente que a BRAVAL, a curto prazo, consiga a renovação da concessão de exploração”, frisou o responsável, alertando que, caso contrário, “o investimento teria de ser amortizado num reduzido número de anos que falta para terminar a concessão”. Para além disso, “a continuidade da empresa seria colocada em perigo” assim como “a obtenção de recursos financeiros necessários para este tipo de infra-estruturas”, acrescentou Jorge Silva.
Na resposta, o Ministro do Ambiente garantiu total disponibilidade do Governo para analisar a matéria. João Pedro Matos Fernandes admitiu que o novo Governo encontrou “muitas decisões por tomar”, nomeadamente a licença da Sociedade Ponto Verde. Os casos estão a ser “avaliados”, garantiu o responsável pela tutela, afirmando que o ministério vai “muito depressa decidir sobre o prolongamento da concessão” até porque “não há nenhuma razão para que a decisão não seja positiva e afirmativa”.
Esta nova unidade da BRAVAL exigiu um investimento de cerca de 21 milhões de euros, co-financiado pela União Europeia, apoiado em 69% pelo Fundo de Coesão (QCA III), numa 1ª fase, e em 85% pelo QREN – POVT, numa 2ª fase.
A Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico permitirá o tratamento mecânico de cerca de 100 mil toneladas de resíduos indiferenciados, a valorização de 30 mil toneladas da fracção orgânica e 10 mil toneladas de resíduos verdes e castanhos.