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“Trump vai acabar por encarar a realidade de frente” 

“Donald Trump vai acabar por encarar a realidade de frente”. É esta a opinião de Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana que analisou, aos microfones da RUM, os primeiros dias da presidência de Trump nos Estados Unidos da América (EUA).

Mestre na Universidade do Minho, Nuno Gouveia não estranha estes primeiros dias do presidente norte-americano, mas acredita que o tempo vai fazer a administração Trump acalmar nas suas tomadas de posição. “Não é possível governar o país da forma como ele o faz nestes primeiros dias. Não é possível chegar ao twitter e ameaçar jornalistas, criticar manifestantes e os serviços do estado federal. No início haverá tomadas de posição fortes, mas haverá uma altura em que a administração vai ter de parar para pensar”, comentou Nuno Gouveia que assumiu que “era expectável que depois de vencer as eleições, Trump tivesse o mesmo comportamento errático, polémico e activo”.

“Nos primeiros tempos espera-se Donald Trump a ser Donald Trump e a cumprir aquilo que prometeu”.

O comentador de política norte-americana esclareceu ainda que “Trump é uma voz que se sobrepõe a tudo e todos na estrutura de administração”, lembrando a retirada dos EUA do acordo de comércio da Ásia e a posição assumida contra o acordo para as alterações climáticas assinado em Paris, onde o presidente norte-americano chamou para si decisões que são contrárias à opinião de alguns dos seus futuros colaboradores na administração.

“Acho que nos próximos meses, algumas das medidas vão ter de ser recalibradas pela administração porque não é possível governar os Estados Unidos da América desta forma ‘ad aeternum’”.

A política externa e a paciência dos parceiros

E no que toca a política externa, Nuno Gouveia aconselhou “prudência” aos parceiros internacionais.

“Os tradicionais aliados tem de agir com cautela e alguma reserva. Não podem tomar posições de força e tentar conversar com a administração Trump para não se perder os Estados Unidos da América da nossa comunidade”, explicou Nuno Gouveia que lembrou ainda o importante papel que as instituições governativas terão na definição de algumas estratégias norte-americanas.

“O Mundo continua com muito bons aliados nos EUA e no poder político norte-americano e muito do que Trump quer fazer tem que passar pelo Senado e Câmara dos Representantes e nem sempre conseguirá a maioria para o fazer”, explicou Nuno Gouveia que admitiu que o ‘establishment’ poderá ser um “filtro” às decisões da administração. “Há motivos de preocupação, mas temos de confiar no sistema político dos EUA e no equilíbrio de forças que existe para temperar esta vontade isolacionista de Donal Trump”, conclui.

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